Quando José Torres se levantou para escrever notou que havia sol naquele dia. Hesitou um breve momento, mas ligeiro se soltou de braço em braço, de mão em mão, estendido nos raios.
Aproximou-se do jardim da casa com a sensação de que há muito não o visitava.
As ervas tinham crescido até um ponto quase impossível de crescimento. Dobradas sobre si, formavam novelos.
As árvores tinham inclinado o tronco para a frente da planície suplicando por sol, e os frutos mirrados caíam de podres no chão improvável da terra.
Pensou por um só instante que a sua viagem em veleiro solto de escrita, tinha sido afinal feita entre quatro paredes, e que o mar enrolava agora no seu jardim.
Marujo de barba solta e alma dorida, embrenhou-se no jardim que começava nos seus dedos.
Sentou-se, dobrado sobre si mesmo como âncora.
E decidiu escrever.
E escreveu... escreveu... um romance, um conto, um poema. Não importava o género, o que importava era escrever. As térmitas continuavam a roer-lhe os dedos. Não conseguia parar. Com alguma raiva, porque a escrita às vezes também tem ataques de raiva, fez um dueto com o cão, aquele que iria vender se a crise se acentuasse. E de tanto escrever com a alma, meteu-se com a prosa, deixou de aparecer à poesia, mas não sem antes sustentar-se num poema. Deitou-se com elas. Mas a insónia apareceu e então, regressou à escrita, para pegar num novo estilo que já se tinha anunciado num último voo. Contos. Contos que se ligavam por um fio de água num tempo de areia. Quatro histórias ligadas pela água que o marcavam, de que se orgulhava. Uma delas, “o Rapaz que escrevia poemas de amor” era quase a sua biografia.
Na sua ansiedade de os partilhar com os seus leitores assíduos pensou em editá-los em livro. Chamou-lhes “Contos de água e areia”. Contagiou rapidamente o seu irmão, Silva Torres que, com muita paciência e respeito pelo irmão mais velho (senão tinha-o mandado dar uma volta), ilustrou o livro e desenhou a capa. Já ao Flávio (o Silver) pediu-lhe o prefácio. E o livro ficou perfeito. Não por si, mas pelos seus leitores a quem respeita e para quem tem sempre uma palavra atenta.
No dia 2 de Julho às 21h30, na Feira do Livro em Barcelos, com a apresentação do escritor, Branco de Matos será o lançamento deste livro. Estão todos convidados a estar presentes.
Para quem não possa estar presente mas queira adquirir o livro ele está já à venda na nossa livraria. Podem contactar o José Torres através de PM ou por mail para joseilidiotorres@sapo.pt


este texto é feito de plágio. Declarado, assumido e autorizado - são retalhos de diversos textos e comentários deste autor fabuloso que é o José Torres, Luso do mês em Abril de 2008. Tenho muita pena de não poder estar presente no lançamento deste livro, assim como no do Flávio, mas sei que ambos entendem a razão da minha ausência. Parabéns e um beijo aos dois

Anexar ficheiro:

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  AA_Contos_de_%C3%A1gua_e_areia_K.jpg (219.84 KB)

O JOSETORRES MERECE TODO O NOSSO APOIO. NÃO SÓ PELA PESSOA QUE É, MAS PELO ESCRITOR QUE É.

SOMOS AMIGOS DESDE O ARROZ 25, SEMPRE MANTIVEMOS AQUELE TACTO SENTIMENTAL. MESMO QUAUNDO ELE ANDOU POR MUNDOS NUNCA DANTES MAPEADOS, OU, QUANDO ABRIU UM BAR ESPECTACULAR MESMO Á BEIRINHA DO RIO (VEJAM LÁ!) NÃO SE ESQUECEU AQUI DO JE.

DEIXO AQUI UM ABRAÇO FRATERNO E OBRIGADO POR ME DEIXARES FAZER PARTE DO TEU NOVO LIVRO COM UM POSFÁCIOZINHO.

ABRAÇO. É REPETIDO MAS VALE A PENA.

À menina de riso solto que todos conhecemos por Pedra Filosofal, e que o é verdadeiramente, uma vez que transforma em ouro aquilo que toca; no meu caso textos que valorizou nesta sua permanente simpatia para com as minhas palavras, unguento que abracei definitivamente.
Tenho por ti minha amiga uma simpatia maior que o teu riso. Porque sei que me lês, e estás sempre presente.
És uma alma muito generosa que tenho o prazer de conhecer pessoalmente, com muita vontade de breve soltarmos ao vento nossos risos novamente, que também sei dar uma gargalhada...
Obrigado Pedra.

O Flávio e eu apresentamos na mesma noite, no mesmo local, com convidados comuns, os dois livros.
É um amigo de sempre, e estou tão empenhado como ele em promover a Associação e autores que queiram editar, com qualidade.
A casa está aberta. O Flávio já o disse aqui e eu também.
A "às artes" existe para fazer cultura, não dinheiro.
É de quem quiser ajudá-la a crescer.
Tenho muito prazer em receber nessa noite,todos quantos se deslocarem à Feira do Livro de Barcelos, um local muito simpático, situado no jardim das Barrocas, um dos mais bonitos da cidade.

Muito obrigado pela atenção que me dispensam, pelo interesse que manifestam por este livro de que gosto muito.
É permitido dizê-lo, e digo-o.
Grato
José Torres

...

mais do que dizer; quero ler.

até lá,

com um abraço.

Por motivos muito pessoais não vou poder estar nessa noite, mas espero ter-vos aqui muito em breve com esses livros magníficos. As portas estão abertas é só marcar a data.

Um grande beijo a Ti Zé e a Ti Flávio e já agora ao António que irá fazer de certeza uma óptima apresentação.

Eu estarei aqui e aí

(Pedra, foste magnifica)

Vanda

.................
A Pedra esmerou-se na apresentação, sim senhor!
Os dois merecem e terão muito sucesso.
Tenho a certeza que tudo correrá bem.

Parabéns

Se existem penas maiores do que outras, esta será uma delas...
Gostava mesmo de assistir ao lançamento deste que, decerto será um grande livro, pois o seu autor não deixa sombras de dúvida alguma.
Mas a distancia é uma inimiga implacável!
Do Flávio, acredito que o seu livro também o seja, pois daquilo que já por aqui tive oportunidade de ler, o seu talento e imaginação não os deixa por mãos alheias.

Parabéns aos dois!

Beijos aos dois!

Parabéns pelo livro e votos de sucesso ao seu autor.

Querido Zé, parabéns por estes "Contos de água e areia".
A capa está um espectáculo e vê-se que o talento abunda na família Do conteúdo nem direi nada Zé... Já deste provas suficientes da tua qualidade literária.
Infelizmente, devido à distância, não poderei estar presente, mas quero esses "Contos de água e areia" na minha mão com urgência! E espero que em breve haja alguma apresentação mais perto de mim
A nossa Pedrinha esmerou-se mesmo neste plágio (con)sentido! Está excelente e eu estou orgulhosa de ter uma amiga assim

Beijinhos e muito sucesso Zé

Agradeço a simpatia de todos os amigos que comentaram este post.
Em poucos dias, o livro já foi solicitado por muitos amigos e conhecidos, mas também por gente da internet que não tive o prazer de conhecer ainda.
A todos o meu muito obrigado.
No dia 2, estarei na Feira do Livro para abraçar quem me visitar.
Grato