Cada ideia escrita surge na sequência de uma influência externa? Dessa forma, o escritor limita-se a ser um ponto central onde se juntam influências? Alguém teve uma ideia original e todas as outras surgiram nesse contexto? Os processos que exprimem a ideia são mais importantes que a ideia, visto ser ela fruto do exterior? Ou os próprios processos também são condicionados por factores externos? Será que existe um limite de inovação de processos e ideias? O escritor conjuga conhecimentos quando expresssa uma ideia ou a própria ideia representa o conhecimento?

Até que ponto a escrita pertence ao escritor?




Só um conjunto de perguntas, às quais não deve ser devotada muita atenção. No entanto, proponho que surjam respostas, mais perguntas ou reflexões. Para mim seriam úteis, quase por certo, ou mesmo que não o fossem, seriam pelo menos uma forma agradável de diálogo.

Subscrevo todas estas perguntas. Basicamente, da forma como vejo, é um pouco como discutir quem nasceu primeiro, se o ovo se a galinha.

Não existem ideias que sejam originais dos pés à cabeça, o que existe é a assimilação de várias ideias anexas ou ao indivíduo que lhe proporcionam a composição de algo que não existia como todo numa determinada forma.
Fazendo uma pequena analogia, será como construir casas diferentes com tijolos sempre iguais.

Valdevinoxis

Saúde e...Paz! Sou um escritor empírico que escreve com base na maturidade adquirida! Criei 21 volumosos livros, todos inéditos por não poder pagar parcerias.

EIS O QUE PENSO E QUE ME FAZ ESCREVER DIARIAMENTE:

Uma folha de papel vazia de letras ou desenhos é uma mera passarela de vermes, insetos e impurezas, desde que fique estática em qualquer base que a sustente, muito embora ela seja, constantemente, movimentada pelas aragens circunvizinhas, entretanto... Ela se transforma, totalmente, ao receber em seu bojo de superfície os vocábulos sujeitos às mais diferenciadas interpretações do leitor, em quaisquer que sejam às línguas ali transmitidas ao sabor de quem saiba entendê-las, podendo, assim, serem benéficas, maléficas, comerciais (ou não), de instruções, parvos, eruditos ou vulgares, finalmente, ela só é o reflexo do que possa conter, entretanto, mesmo ela sendo tão diversificada na sua amostragem, pior seria ignorá-la totalmente sem divisar o seu conteúdo por pior que seja ele.
Quando o Homem ignora qualquer coisa que se lhes apresente de bom ou de ruim, ele nada mais é do que a mesma folha de papel sem transmitir ou apreender nada de útil, ficando estático sobre a “mesa” da vida. Enquanto a humanidade, em sua individualidade, insistir em não tomar conhecimento das coisas que o cercam nesta ilha que é a terra em que reside por empréstimo, ela se transformará em um mero conjunto de carnes, ossos, membros, órgãos etc. a vegetar pelos caminhos da vida, nada vendo, nada entendendo e nada ajudando a si próprio ou aos seus irmãos de jornada.
Nós, só daremos valor meritório a algum evento utilizando o nosso trabalho físico ou mental e... participando integralmente ou, nas suas arestas, porém... Fazendo parte!

Sebastião Antônio Baracho
conanbaracho@uol.com.br
Fone:(31)3846-6195Citando:

Acho muito bem conseguida a comparação com a famosa história do ovo e da galinha. Sempre procurei uma resposta, um princípio, mas afinal talvez a coisa não passe de um ciclo.

Olá q14,

Acredito que todas as perguntas que vc fez, já são as respostas deste questionamento.

O processo criativo passa por todo este seu questionamento, que pode ser interno ou externo, de acordo com aquilo que sentimos, pensamos e conhecemos.

Acredito que fica mais fácil o processo criativo e as idéias surgirem quando temos um vocabulário vasto de palavras e podemos empregá-las neste contexto. Sinto isso quando escrevo uma Coroa de Sonetos, onde preciso conhecer um numero enorme de palavras, rimas e sentido morfológico.

Gostei do tema,

Helen de Rose

ola a todos

não sei onde se da o processo criativo
mas sei que uma folha em branco e uma caneta fazem minha alegria,basta que me sente a frente delas,e um universo de palavras se forma a minha frente,
ja o tema.bom esse depende do meu estado de espirito
mas e incrivelmente facil de se escrever em estado de melacolia,nao se buscam as palavras,elas e que te buscam.
ainda não sei onde nasce o processo criativo,
mas sei de uma coisa
adoro escrever,e adoro mais ainda quando alguem chega a mim e diz
"poxa delonir,que lindo o que escreveste"
pra mim e particularmente gratificante.

eu brinco com as palavras,assim como elas brincam comigo.


abraço a todos

Obrigado desde já pelo belo tema que nos leva a pensar.

O que são as ideias?
Creio serem o reflexo de estar vivo na forma de um super-primata altamente evoluído, social, adaptável e predador. Pessoalmente as ideias surgem-me sempre em forma de resposta, não esperando muitas das vezes a formulação da pergunta.
Não serão as ideias um dos resultados do impacto do meio sobre nós?
Não acredito em ideias originais mas sou da opinião que cada ideia tem um valor individual e diferente dependente do corpo que a pensa/escreve. E talvez não existam ideias originais nem ideias iguais o que torna tudo ainda mais interessante.
Não serão os processos o manifestar de ideias? Logo sempre condicionados pela realidade que nos rodeia? Reagimos nós da mesma forma quando nos sentimos ameaçados ou amados? Creio que não.
Não será a inovação, a evolução, apenas mais um processo? Quando simultaneamente este é apenas a cristalização duma ideia ou ideal.

A escrita pertence somente ao escritor enquanto não houver leitor.

Até que ponto a escrita pertence ao escritor?

A minha escrita não me pertence. Muita tinta pode descorrer desta visão. A minha transcendência não me permite a mesquinhez de posse. Vejo a escrita como uma espécie de testemunho, como se um outro EU me legasse esse conhecimento e o meu EU tenha que o legar a outro EU.

Quem será então esse outro EU? Seja ele quem for a escrita que lhe lego não me pertencendo também não lhe pertencerá.

Teimam em compreender isto pois eu teimo em aceitar-me como dono de algo que me foi dado ter.

Podem fazer a leitura no plural.

A ideia...

Um termo que tem muito que se diga.

Na minha iluminiosidade é muitas vezes entre o estado de espírito e o que ando de momento a ouvir. Sim a ouvir. Se gosto determinada canção, faz cativar diversas emoções podendo mais tarde influenciar o que se escreve. Ora nesta optica a ideia é influenciada. Mas quando deparemos com algo num estado de espírito mais Zen, mais inércia, pode sim senhor, surgir uma ideia nova que possa influenciar terceiro. Tudo bem, que muitas das novas ideias surgem pela colocação determinadas questões, outras de respostas. Mas a base é sempre a mesma, algo que surge no momento.
Não é a questão da galinha, ou de questionar o processo criativo. É antes o facto de conseguirmos atingir uma nova ideia, um novo tema, uma nova abordagem de ver o mundo. E se isso nos toca, optimo. E se tocar aos outros ainda melhor!
Não porque é impossível, que não vamos questionar, mas antes se não será possível em concretizar para a tornar possível e quiçá credível.

Olá q14,
Ideias...?
Nem tenho ideia do que ideia seja....
Nem tenho ideia que da mente subeja...
A ideia que eu tenho é permanente?
A minha ideia é a de toda a gente?

Um tema que terá muito que debater..certamente. As ideias saem do cerebro e vão directo ao coração que nos faz agir, pode ser?
As ideias surgem do nosso pensamento, e ele nos comanda a vida, também pode ser?
Bem, eu nem sei bem debater este assunto...acho que se acabaram as...ideias?
Bjs q14