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O Meu Livro de cabeceira
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15/2/2007 12:46
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O que andas a ler?

Por vezes, tenho dificuldade em escolher o livro que vou ler. No meio de tanta publicação, tantos autores, tantos temas, confesso minhas hesitações.não sei se vos acontece o mesmo.

A ideia é dar dicas de leitura de uma forma casual, sem grande teor técnico, apenas impressões meramente aprazíveis que nos oriente nas escolhas, tendo por base a recomendação e do que se trata o conteúdo.
Penso que assim, poderemos "criar" um clube de leitores o que me parece ser, mais uma forma elevada de partilha.

Não sei se está aberto um fórum com este teor, mas se for o caso, poderemos fundir.

Deixo então aqui, o livro que estou a ler.

" As putas do diabo " de Armelle Le Bras-Chopard

trata-se de um livro que aborda os processos de bruxaria que conduziam à fogueira sobretudo mulheres entre os séculos XV e XVII,sendo no entanto a feminilidade o verdadeiro móbil destas perseguições relancionando factos do passado com o mundo contemporãneo.

está a ser um livro muito interessante, pois fala de aspectos sociais, focando tratados de demonologia, escritos por teólogos, inquisidores ou magistrados obtidos a partir de confissões sobre tortura, no entanto, este livro, a meu ver pode tornar-se maçudo devido às diversas referências a outras obras literárias, das quais podemos não ter conhecimento.

no fundo, trata-se de uma denúncia de actos cometidos, essencialmente à mulher pelas nossas sociedade ditas laicas e igualitárias.

boas leituras.

Criado em: 12/10/2009 13:48
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Re: O Meu Livro de cabeceira
sem nome
As velas ardem até ao fim


Um romance fantástico!

Sinopse
Um pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin, mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma força singular...
Sobre o autor:
Sándor Márai (1900-1989) passou um período de exílio voluntário na Alemanha e em França durante o regime de Horthy, nos anos 20, até que abandonou o seu país emigrando para os EUA, em 1948, com a chegada do regime comunista. A subsequente proibição da sua obra na Hungria fez cair no esquecimento quem nesse momento era considerado um dos escritores mais importantes. Foi preciso esperar até à queda do regime comunista, para que este extraordinário escritor fosse redescoberto no seu país e no mundo inteiro.
A minha opinião:
Este é um livro estranho, mas ao mesmo tempo interessante.
Dois homens de idade avançada, amigos desde a infância, encontram-se ao fim de 41 anos sem se verem. Um diálogo (quase monólogo) se enceta e diversas considerações nos são apresentadas sobre as razões que levaram ao afastamento de um deles há 41 anos atrás.
“As Velas Ardem Até ao Fim” pode ser uma leitura um pouco maçadora, mas pontualmente somos surpreendidos com algumas preciosidades. Deixo aqui um exemplo, sobre a amizade. Percam um pouco do vosso tempo e apreciem, porque como diz o autor “só através dos pormenores podemos perceber o essencial, aprendi assim nos livros e na vida. É preciso conhecer os detalhes, porque nunca sabemos qual deles é importante, quando pode uma palavra iluminar um facto”. Pág. 80
(…) – Era bom saber – continua, como se discutisse consigo próprio -, se existe amizade realmente? Não me refiro àquele prazer ocasional que faz com que duas pessoas fiquem contentes porque se encontraram, porque num determinado período das suas vidas pensavam da mesma maneira sobre certas questões, porque os seus gostos são semelhantes e os seus passatempos iguais. Nada disso é amizade. Às vezes, chego a pensar que essa é a relação mais forte na vida… talvez por isso seja tão rara. E o que há no seu fundo? Simpatia? É uma palavra imprópria, sem sentido, o seu conteúdo não pode ser suficientemente forte para que duas pessoas intervenham em defesa um do outro nas situações mais críticas da vida… apenas por simpatia? Talvez seja outra coisa… (…)
(…) A amizade, pensava eu, é a relação mais nobre que pode haver entre os seres vivos humanos. É curioso, os animais conhecem-na também. Existe amizade, altruísmo, solidariedade entre os animais. (…) Os seres vivos organizam-se para prestar ajuda mútua… às vezes, têm dificuldades em ultrapassar os obstáculos que enfrentam nas suas intervenções de auxílio, mas sempre há criaturas fortes, prontas a ajudar em todas as comunidades vivas. Encontrei centenas de exemplos disso no mundo animal. Entre pessoas, vi menos exemplos. Para ser mais exacto, não vi nenhum. As simpatias que vi nascer entre pessoas diante dos meus olhos, acabaram sempre por se afogar nos pântanos do egoísmo e da vaidade. A camaradagem, o companheirismo, às vezes parecem amizade. Os interesses comuns por vezes criam situações humanas que são semelhantes à amizade. E as pessoas também fogem da solidão, entrando em todo o tipo de intimidades de que, a maior parte das vezes, se arrependem, mas durante algum tempo podem estar convencidas que essa intimidade é uma espécie de amizade. Naturalmente nesses casos não se trata de verdadeira amizade. Uma pessoa imagina que a amizade é um serviço. O amigo, assim como o namorado, não espera recompensa pelos seus sentimentos. Não quer contrapartidas, não considera a pessoa que escolheu para ser seu amigo como uma criatura irreal, conhece os seus defeitos e assim o aceita, com todas as suas consequências. Isso seria o ideal. E na verdade, vale a pena viver, ser homem, sem esse ideal? E se um amigo falha, porque não é um verdadeiro amigo, podemos acusá-lo, culpando o seu carácter, a sua fraqueza? Quanto vale aquela amizade, em que só amamos o outro pela sua virtude, fidelidade e perseverança? Quanto vale qualquer afecto que espera recompensa? Não seria nosso dever aceitar o amigo infiel da mesma maneira que o amigo abnegado e fiel? Não seria isso o verdadeiro conteúdo de todas as relações humanas, esse altruísmo que não quer nada e não espera nada, absolutamente nada do outro? E quanto mais dá, menos espera em troca? (…)
http://sites.google.com/site/livrosem ... as-velas-ardem-ate-ao-fim

Anexar ficheiro:



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Criado em: 12/10/2009 14:59
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Re: O Meu Livro de cabeceira
Colaborador
Membro desde:
9/1/2009 16:52
Mensagens: 3482
Excelente tópico este!

Relativamente ao primeiro livro aqui citado, desconheço. Quem sabe não seja uma das próximas aquisições.

Quanto à segunda sugestão, devo referir que é dos livros mais impressionantes que já li. Um hino sobre o devido valor da amizade.

Neste momento o livro que tenho na cabeceira é o In Pulsos da Cleo. A leitura deste livro revela-se uma fascinante viagem poética.

Abraço

Criado em: 12/10/2009 15:23
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Re: O Meu Livro de cabeceira
Administrador
Membro desde:
15/2/2007 12:46
De Porto
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por acaso o livro proposto por JLL está na minha lista das próximas leituras, quanto ao livro da Cleo, certamente passará a constar.

beijo

Criado em: 12/10/2009 15:37
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Re: O Meu Livro de cabeceira
sem nome
Olá Maria João!
Sabes que tinha como ideia criar um blog (para amigos) onde pudéssemos não só indicar mas também trocar opiniões sobre os livros.
No meu Blog já faço referência aos livros que estou a (tentar) ler ou pelo menos aqueles que partilham o meu espaço visual mais restrito. Como sabes Maria João com o Luso é difícil fazer tudo que desejamos e gostamos, aliás este é o meu grande lamento, o Luso obriga-me a aprender mais e por outro lado não me deixa tempo para ler o suficiente e aprofundar os conhecimentos que com o tempo esqueci. Para quem partiu atrasado como eu optar é sempre um dilema que me faz sofrer.
Gostei da tua ideia, só tenho medo que todo o mundo comece a postar livros a torto e a direito e às duas por três perdemos a confiança na ideia. Por isso sugeria o seguinte:
• Indicar livros relativamente recentes (até 5 anos, apenas um número)
• Indicar apenas 2 a 3 livros por mês cada Luso
• Indicar livros apenas que tenham sido lidos pelo próprio (ouvi dizer - não vale)
Espero ter contribuído para o bom funcionamento da tua ideia Maria João, eu gostei como já disse, mas só o tempo dirá como funciona verdadeiramente.
Quanto à tua sugestão de leitura não conheço mas vou tentar inteirar-me já em relação à sugestão do Moreno, o livro da Cleo, sou suspeito porque adoro a maneira como escreve, e já faz parte da minha lista há muito tempo, é uma delícia a sua leitura, faz bem ao tempo que gastamos nele.
Um beijo Maria João

Criado em: 12/10/2009 17:04
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Re: O Meu Livro de cabeceira P/JLL
Administrador
Membro desde:
15/2/2007 12:46
De Porto
Mensagens: 3560
sei que a minha ideia não é inovadora,salvaguardei essa hipótese quando propus este tópico.

obviamente que as tuas sugestões são producentes,mas permite-me que discorde com o ponto de restrição apontada por ti, reforçando a ideia que sempre defendo: todo o "mundo " é bem vindo a dar suas sugestôes/recomendações de leitura e, por pressuposto, penso que ninguém vai dar "bitaites" daquilo que desconhece, até por a ideia é cada um de nós dar o seu cunho pessoal sobre o livro que anda a ler ou já leu. depois, como em tudo na vida cabe a cada um nós seleccionar a informação e optar.

beijo

Criado em: 13/10/2009 0:43
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Re: O Meu Livro de cabeceira
Administrador
Membro desde:
15/2/2007 12:46
De Porto
Mensagens: 3560
confesso que não páro de me surprender, nem sempre pela melhor maneira , é certo, mas o facto é que não páro de me suprender.tinha a ideia de que cá a casa consumia mais da "adega litarária", mas enfim...não há como publicar, certo?

beijo

Criado em: 15/10/2009 21:01
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Re: O Meu Livro de cabeceira p/HorrorisCausa
Colaborador
Membro desde:
9/1/2009 16:52
Mensagens: 3482
Vou surpreender-te. Agora mesmo vou mandar publicar uns quantos livros para a tua mesa de cabeceira ficar repleta. eheheh

Deixa lá. Melhores dias virão!

beijo

Criado em: 16/10/2009 10:39
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Re: O Meu Livro de cabeceira
Colaborador
Membro desde:
12/7/2007 21:56
Mensagens: 1988


tenho sempre por perto Casemiro De Brito,Antonio Ramos Rosa...Eugénio de Andrade.

meus ultimos 3 livros:

cartas ao pai- F.Kafka

wat-Samuel Beckett

a insustentável leveza do ser-Milan Kundera

ando a ler pensamentos de :

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jiddu_Krishnamurti

tenho na cabeceira uma peça de teatro:

assassinio na catedral-T.S.Eliot


ulimamente e depois de ter chegado a esta conclusao,dos livros que tenho por cá,em casa,prefiro nao ler compulsivamnete (já o fiz).
vou à biblioteca:
escolho um livro-romance que melhor me identifique com o momento.
escolho um ensaio cientifico.
escolho um livro poético.

gosto de andar sempre com 3 livros.independentemente de os os ler ou nao.



Criado em: 16/10/2009 11:27
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Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.
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Re: O Meu Livro de cabeceira

Membro desde:
22/8/2009 3:28
De Porto
Mensagens: 3357
Tenho tantos livros na minha mesinha que nem sei por qual hei-de começar,

Neste momento estou a ler a Delta de Vénus, um livro de uma grande escritora “Anaïs Nin”,
trata-se de um livro de contos eróticos fenomenais.
Infelizmente esta grande escritora só ficou conhecida após a sua morte.

Para quem quiser pesquisar a vida e obra de Anaïs Nin aqui deixo o link

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ana%C3%AFs_Nin


Criado em: 16/10/2009 16:33
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