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Re: O Meu Livro de cabeceira
sem nome
"Cândido ou O Otimismo" de Voltaire, me faz entrar na história. É um livro de gosto acidulante, que me faz ora ter pena do pobre Cândido, ora ter vontade de esbofeteá-lo à razão. Estou gostando muito do livro (não me contem o final) e recomendo. Nunca li o Veríssimo, creio, mas vou procurar. Acho que ele traduziu "A Megera Domada" e tantos outros shakespearianos, mas nunca fui muito de Shakespeare (preconceito), vou fazer uma força pra lê-lo mais vezes.


Edit:
Mil desculpas, eu confundi as bolas, quem fez traduções do Shakespeare foi o Millôr Fernandes (como foi que eu confundi isso?)...


Criado em: 3/10/2011 12:09
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Re: O Meu Livro de cabeceira
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15/2/2007 12:46
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desconheço se Veríssimo fez traduções, sei que tem várias obras com títulos bem sugestivos, tipo:" gato preto em campo de neve" o qual vou tentar saber mais e quiça ter a oportunidade de o ler.(ando na descoberta deste autor)
quanto à tua sugestão, confesso que nunca li nada de Voltaire, ficou o apetite.

Criado em: 3/10/2011 12:39
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Re: O Meu Livro de cabeceira
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o meu livro favorito é um que publiquei nas terras baixas o duende toca a campainha sempre duas vezes muito bonito
.
Fala a historia de um pirata que distribuia o correio emquanto o mundo acabava so que depois conheçe um duende meio moco muito bom

Criado em: 3/10/2011 16:19
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Re: O Meu Livro de cabeceira
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"As vinhas da ira" de John Steinbeck. Já o li na minha juventude estou relendo fascinada como da primeira vez que o li. Recomendo.

As Vinhas Da Ira" é mais que um livro: é quase um Monumento Americano, daqueles que exige respeito e veneração idênticos ao que alguns sentem frente à Estátua da Liberdade ou à Casa Branca... Exagero? Talvez. Mas é quase unânime a opinião de que o clássico de John Steinbeck merece, pelo menos, ser guardado num santuário como uma das preciosidades mais valiosas na história da literatura made in USA no século 20 - segundo Leo Gilson Ribeiro, é "um dos três ou quatro livros americanos claramente discerníveis como obras-primas" (Caros Amigos # 59) - o que não é dizer pouco.

Lançado em 1939, o livro causou impacto imediato, conseguindo a proeza de se tornar rapidamente um clássico em várias frentes: “As Vinhas da Ira” foi um marco na história do jornalismo literário e da grande reportagem, um modelo inimitável de “literatura engajada”, e claro, um clássico instantâneo da literatura americana como um todo. Pra destacar a importância dessa obra, é só lembrar que a obra-prima de John Steinbeck (1902-1968) recebeu o Prêmio Pulitzer, foi diretamente responsável pela premiação de seu autor com o Nobel de Literatura em 1962 e foi magistralmente adaptada para o cinema pelo grande John Ford, talvez o maior dos mestres do western em todos os tempos, já em 1940.

"As Vinhas Da Ira" é um retrato detalhado de uma época conturbada da história norte-americana, feito através de uma narração literária impecável - mas isso não é tudo: o livro contêm ainda fragmentos de um protesto político feroz e empolgante. Steinbeck não só se pôs a contar uma bela história, e com um talento literário e jornalístico inegável, mas também povoou essas páginas com seus gritos de indignação e rebeldia, com vários chamados à misericórdia e à união... Dá até pra dizer que esse é um dos melhores livros-reportagem já escritos, se nosso conceito de livro-reportagem não for muito restrito e excludente, já que a utilização de personagens fictícios não impede que a obra seja um retrato fiel de uma situação histórica real. Arrisco até a dizer que “As Vinhas Da Ira” foi na história da literatura americana algo parecido ao que “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, foi para a brasileira. Além disso, o "manifesto político" de Steinbeck que ainda não perdeu nada de sua relevância. Só pensar no fato incrível de que um livro de mais de 60 anos de idade – e gringo, ainda por cima... - pode servir perfeitamente para refletir sobre MST, concentração fundiária e reforma agrária no Brasil da década 2000...

Com certeza Steinbeck nunca pretendeu fazer com "As Vinhas da Ira" nada parecido com "jornalismo imparcial", nem muito menos com uma literatura que fosse meramente descritiva e factual. Não estaria errado chamar esse livro de um "romance de esquerda" ou um exemplo do que é fazer "literatura engajada" - apesar do perigo de ficar colocando esses rótulos redutores, que podem acabar por fazer de uma obra-prima literária algo que parece ser mera “propaganda ideológica”.

Steinbeck toma posição, explicitamente, a favor de um determinado estrato social e se coloca como simpatizante e defensor da "causa camponesa". Não vejo problema nisso - onde já se viu dizer que bom escritor tem que ser apolítico e neutro? Pelo contrário: acho até bem empolgante e louvável ver um autor que põe a literatura no campo de batalha e acredita nos poderes dos livros para transformarem o mundo (ou ao menos transformarem os homens - que depois mudarão o mundo...). Steinbeck é um autor lutando ao lado do povo, que empunha suas palavras como se fossem armas e utiliza as imagens literárias, e as vidas de suas criações fictícias, como argumentos na luta política real...

Os eventos descritos no romance ocorrem durante a Grande Depressão do começo dos anos 1930, época em que os EUA passavam por maus bocados. Após a quebra da Bolsa de Nova York em 1929, fato simbólico do início de um período de dura recessão econômica, que se estenderá até mais ou menos 1935, a situação está meio preta na terra do Tio Sam. Em alguns estados do Leste americano, especialmente Oklahoma, a crise econômica não é a única catástrofe com que os camponeses precisam lidar: uma tempestade de poeira violentíssima, conhecida por lá como Dust Bowl, faz com que os campos rurais sejam dizimados, o que obriga a população camponesa a fugir em direção ao Oeste numa enorme diáspora - alguns calculam em mais de 100 mil imigrantes...

Grande parte de "As Vinhas da Ira" narra um período na vida de uma família de camponeses, os Joad, pequenos arrendatários de terra trabalhando na agricultura em Oklahoma. Tom Joad, o segundo filho, acaba de sair da prisão e retorna à casa da família, encontrando o lugar absolutamente devastado e abandonado. Algo de feroz e impiedoso arrasara aquelas terras, agora ermas e silenciosas, cobertas de poeira e desertidão... Motivados por folhetos publicitários que convocam trabalhadores às centenas a irem até a Califórnia, e iludidos por doces sonhos de que encontrarão um paraíso em seu destino, a família Joad pega a célebre rodovia 66, afastando-se à força de seu lar e da terra que amam. Para trás ficam as casinhas desertas, nos campos agora dominados pela poeira e pelas máquinas.

Intercalando-se aos capítulos que contam a saga da família Joad, aparecem alguns "ensaios político-econômico-sociais" que, numa linguagem poética e arrebatada, são como pequenos manifestos de Steinbeck. Neles o narrador toma a palavra para si, deixando seus personagens temporariamente em segundo plano, como que adormecidos, para logo fazê-los retornar ao centro palco a fim de provar com um exemplo particular o que estava dizendo sobre a situação geral.

* * * * *

In net

Criado em: 24/6/2012 12:25
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Re: O Meu Livro de cabeceira
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Estou a ler um livro que li na minha juventudo,"O Garoto era um Assassino" de Caryl Chessman

CHESSMAN, Caryl
O garoto era um assassino / Caryl Chessman ; . trad. João Palma-Ferreira.- Lisboa : Europa-América, 1960.- 281 p. ; 20 cm. - (Colecção Século XX ; 33)

CRIMINOLOGIA

"Este é o quarto livro de Caryl Chessman e a sua única obra de ficção. Foi impresso tal como foi escrito na prisão de S. Quintino. o autor de 2455, Cela da Morte cria nele um indivíduo com todas as razões para odiar o mundo e que consome toda a sua vida desafiando a morte...".
Editora
Publicações Europa-América

Caryl Chesmann[1] associado à acusação de ser bandido da luz vermelha estadunidense- por provas circunstanciais, mas nunca comprovado[carece de fontes] Ficou muito famoso na década de 1950, principalmente depois de ser preso, pois neste período dispensou advogado, e estudando direito fez suas próprias defesas.
Caryl Chesmann nasceu em Saint Joseph (Michigan) em 27 de maio de 1921, e foi executado numa câmara de gás em 2 de maio de 1960, na Califórnia.

Caryl Chessman foi um bandido de enorme astúcia, no início de sua "estadia" na prisão dispensou advogados, fazendo ele mesmo suas defesas. Escreveu, de dentro da cadeia, as obras auto-biograficas "2455-Cela da Morte", "A Lei Quer Que Eu Morra" e "A Face Cruel da Justiça e um romance: "O Garoto era Um Assassino". Seus livros correram o mundo, deixando atônitos pessoas do mundo inteiro, provocando diversos sentimentos, desde pena até extrema raiva. Morreu em uma câmara de gás em 1960, mas sua luta fez o Estado da Califórnia, assim como o resto do mundo, a refletir sobre a pena de morte.

In Wikipédia

Criado em: 1/7/2012 7:00
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Re: O Meu Livro de cabeceira
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Continuo a reler obras dos meus tempos da juventude. Neste momento estou a ler "Tempo amar e tempo para morrer" de
Erich Maria Remarque das Publicações Europa-Amerrica


Erich Maria Remarque, pseudónimo de Erich Paul Remark (Osnabrück, 22 de Junho de 1898 — Locarno, 25 de Setembro de 1970) foi um escritor alemão.
Biografia

Erich Paul Remark nasceu no seio de uma família trabalhadora católica alemã. Com 18 anos partiu para as trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial, onde foi ferido várias vezes. Depois da guerra mudou o seu nome para Remarque e teve diversos empregos, incluindo bibliotecário, homem de negócios, professor, e editor.

Em 1929, Remarque publicou o seu trabalho mais famoso Im Westen nichts Neues (A oeste nada de novo em Portugal e Nada de novo no front no Brasil), com o pseudónimo Erich Maria Remarque (mudando o seu nome do meio em honra da sua mãe). Escreveu mais alguns livros de conteúdo semelhante, numa linguagem simples e emotiva, que descrevia a guerra e o pós-guerra.

Em 1933, os nazis baniram e queimaram os livros de Remarque. A propaganda do partido afirmava que ele era descendente de judeus franceses, e que o seu verdadeiro nome era Kramer (o seu nome original lido de trás para a frente). Há ainda algumas biografias que afirmam isto, apesar da falta de provas.

Viajou para a Suíça, em 1931, e em 1939 emigrou para os Estados Unidos da América, com a sua primeira esposa, Ilsa Jeanne Zamboui, com quem se casou e divorciou duas vezes. Tornaram-se cidadãos estadunidenses em 1947. Por fim, casou com a atriz Paulette Goddard, em 1958, e permaneceram casados até à data da sua morte em 1970, na Suíça.
Obras

Die Traumbude, (1920)
Im Westen nichts Neues, (1929)
Der Weg zurück, (1931)
Drei Kameraden, (1937)
Liebe deinen Nächsten, (1941)
Arc de Triomphe, (1946)
Der Funke Leben, (1952)
Zeit zu leben und Zeit zu sterben, (1954)
Der schwarze Obelisk, (1956)
Die letzte Station, (1956)
Der Himmel kennt keine Günstlinge (1961)
Die Nacht von Lissabon, (1963), (The Night in Lisbon)
Schatten im Paradies (publicado postumamente em 1971)

In net

Criado em: 22/7/2012 10:47
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Re: O Meu Livro de cabeceira
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Um livro que li há muitos anos.



Patricia Highsmith (Fort Worth, Texas, 19 de Janeiro de 1921 - Locarno, Suíça, 4 de Fevereiro de 1995) foi uma escritora estado-unidense famosa pelos seus thrillers criminais psicológicos. Tornou-se mundialmente famosa por Strangers on a Train, que teve já várias adaptações para cinema, sendo a mais famosa dirigida por Alfred Hitchcock em 1951, e pela série Ripliad com a personagem Thomas Ripley. Escreveu também muitas histórias curtas, frequentemente macabras, satíricas ou tingidas de humor negro.


O Preço do Sal
de Patricia Highsmith

Editor: Europa-América
Coleção: Contemporânea

Perturbante história de amor entre uma jovem de 19 anos e uma sedutora mulher de mais de 30, ?O Preço do Sal? abriu novos horizontes à forma como a literatura retratava o amor homossexual. Publicado em 1952, sob o pseudónimo do Claire Morgan, o livro causou ondas de choque por ser o primeiro em que um casal de amantes do mesmo sexo lhe tem destinado um final feliz. Therese, desenhista de cenários de teatro em início de carreira, apaixona-se à primeira vista por Carol, que se desloca ao armazém onde a jovem trabalha para comprar um presente de Natal para a sua filha. Desde então a intimidade das duas mulheres vai crescendo e Therese descobre que Carol atravessa um divórcio litigioso, em que Harge, o seu ex-marido, luta pela custódia integral da filha de ambos.Quando Carol e Therese se ausentam de Nova Iorque para uma viagem de algumas semanas, Harge envia um detective para as seguir. A prova da paixão ilícita entre as duas mulheres é mais do que expressiva, já que o detective consegue a gravação sonora da primeira noite de amor que passam juntas. Carol vê-se então obrigada a abdicar de Therese se quer ter acesso à sua filha, pelo menos durante algumas semanas por ano. A separação é dolorosa para Therese, que tem de aprender a viver sem a presença daquela por quem nutria completa devoção. As semanas passam e o amor parece esmaecer. As duas voltam a encontrar-se e Carol pede a Therese que vá viver com ela ? abdicou de ceder à chantagem do ex-marido. Em última análise, abdicou da própria filha para viver em sossego o seu amor com Therese. Depois de alguma hesitação, a jovem desenhista percebe que ainda ama Carol. E as duas preparam-se para o início de uma nova etapa na sua história de amor.


In net

Criado em: 31/8/2012 14:40
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