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segundo
Membro de honra
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31/3/2008 17:45
De Braga
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http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... tid=899115&#comment899115

Este é o link de um soneto com comentários/análises positivos de excelentes poetas neste site, pelo que certamente será um excelente soneto, e eu não serei uma boa leitora.
Dado ter opinião diferente quanto ao conteúdo do soneto considero ser um bom tema de análise para este espaço fórum


A minha análise:
"Peço desculpa, mas sou do contra, não posso dizer que gostei, sobretudo porque não percebi nada.
Logo no primeiro verso vejo um "se" seguido de vírgula e logo outro "se" expressão condicional cujo verbo que segue está no futuro, coisa que na língua portuguesa nunca vi, embora coisas nunca vistas sejam originais.
Enfim, entendo aqui uma amálgama de palavras todas a dar o "fora"(será fora (fóra) ou fora (fôra)?).
E como não o percebo, nem vejo como perceber, também não o sinto, pelo que não posso dizer se é belo; oh e que raio será?"

Criado em: 14/10/2012 8:58
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Re: segundo
Da casa!
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28/3/2011 14:01
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"embora coisas nunca vistas sejam originais."

Não respondeu ao seu comentar/análise?

DEVIA!!!

Criado em: 15/10/2012 3:53
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Re: segundo
Membro de honra
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28/9/2011 23:22
De Olinda, Pernambuco
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a Punkita e eu fizemos uma interpretação do poema.
segundo esta interpretação, trata-se de um poema
religioso, que fala sobre o nascimento de cristo
e a remissão dos pecados.


É Urgente
Maria Luzia Fronteira
Funchal, 11 de setembro de 2012


Fora à ante visão, p’ra nunca mais se, se rezingará
Fora nas lonjuras de consoantes e vogais sem o tato
Fora ao ventre bravo de penedos, de urzes do mato
Fora aos medos abissais feros de meus ais e agora!


(no primeiro verso, é como se o eu-lírico
pudesse enxergar o futuro, mas essa habilidade
fosse um fardo que ele não aguenta mais.

segundo o mito de cassandra, esta se cegou
numa desesperada tentativa de acabar com
sua capacidade de previsão. o eu-lírico
demonstra poder decifrar o que está além,
como um cego que pudesse ler braile sem tocar.

na terceira linha, o poema fala dos penhascos
como ventres bravos. quem cai de um penhasco
certamente morre, mas nesse caso, o eu-lírico
parece dizer que é como uma queda ao contrário,
ou seja, um vôo saido do ventre da terra, seu
nascimento alegoricamente festejado pelas urzes.

no próximo verso, o eu-lírico quer dar um basta
em seus medos profundos, que comiam todas as
suas dores. ele quer sentir as dores da realidade,
as dores do agora.)



Fora ao farejo, ao marejo mais o desejo inútil
Fora ao voo amante no barroco empolgante
Cem por cento fora ao instante de fera rasante
Fora à rendição e adentro ao cardápio primaveril


(na primeira linha da segunda estrofe,
o poema grita contra possíveis cães
que a perseguem, contra as lágrimas
que lhe caem e contra o desejo que
não pode ser realizado, possivelmente
abraçando sua capacidade de prever o futuro.

na próxima linha, o eu-lírico traía
seu cônjuge com o estilo barroco,
mas não quer mais ser infiel, muito
embora tenha sido uma experiência
emocionante.

na terceira linha, o eu-lírico
continua negando veementemente
a sua experiência extra-conjugal,
sob a ótica de um vôo baixo,
perigoso, mas que ele renega.

na última linha dessa estrofe,
o eu-lírico acende a luta
contra a estagnação, insuflando
os ânimos para que não se rendam
às plantas carnívoras, que são
provavelmente aqueles que tentam
dominar seus pensamentos.)



Sem poentes parece que seguem os olhos, todavia
Sem o louco desvario, lazarento …e anuncia-se
Num ressoar de canção leda e macia, é urgente!


(continuando, o eu-lírico se volta
para sua própria religiosidade,
invocando jesus, tomando-o como
o sol. sem poentes, o sol continua
brilhando e afastando dos seus
olhos qualquer loucura que não
seja voltada para sua missão.

na terceira estrofe do poema,
jesus é anunciado por canções
e, pela urgência do eu-lírico,
este parece querer presenciar
o surgimento de seu deus.)



Sem direção aí ou aqui há vislumbres de clarão
É ou não pr’aqui, pr’acolá ou p’ro lado de lá
A mesma canção, não! Oh e que raio será?


(a última estrofe assemelha-se
a um diálogo entre os três
reis-magos, melquior, baltazar
e gaspar. os três parecem
perdidos, em busca da luz
da estrela que os guiará
para encontrar o salvador,
mas estão em dúvida sobre
qual luz seguir, se a da
estrela ou a de um raio.)




um resumo do poema seria o seguinte:

o eu-lírico pode prever o nascimento de jesus,
o salvador, que virá para apagar todos os pecados.
o eu-lírico diz que o nascimento de jesus é
como um vôo vindo do penhasco, trazendo a esperança
de que tudo irá melhorar quando jesus cristo nascer.
o eu-lírico fala que é um pecador como os outros,
ao citar seu relacionamento extra-conjugal, mas
que rejeita sua vida pecaminosa, querendo aceitar
jesus cristo como filho de deus e salvador de sua alma.

Criado em: 15/10/2012 15:15
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Re: segundo
Membro de honra
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24/7/2008 16:57
De Braga
Mensagens: 2780
UFA !!! (tu para mim, andas é a fumar coentros...!)

Criado em: 15/10/2012 15:42
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Re: segundo
Membro de honra
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31/3/2008 17:45
De Braga
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Apesar de a Luzia me ter apagado o comentário como eu previa, aliás, injustamente, afinal acho que valeu a pena ter colocado este post.
Já li duas vezes esta explicação, e vou voltar a ler. Não tenho vergonha de dizer que não percebo, e de tentar entender; agora não vou é fingir que percebi para me fazer de inteligente.
Tenho pena de que as pessoas respondam de forma agressiva a quem não diz que gosta, ou simplesmente apaguem.
Obrigada Caio, obrigada Punkita.

Criado em: 15/10/2012 15:43
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Re: segundo
Membro de honra
Membro desde:
31/3/2008 17:45
De Braga
Mensagens: 8102
Adte:
Não percebi o seu comentário!

Criado em: 15/10/2012 15:52
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Re: segundo
Membro de honra
Membro desde:
28/9/2011 23:22
De Olinda, Pernambuco
Mensagens: 898
acredito que o que a susana quis dizer
foi que a originalidade do poema
responde a sua análise.


Criado em: 15/10/2012 16:18
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Re: segundo
Membro de honra
Membro desde:
28/9/2011 23:22
De Olinda, Pernambuco
Mensagens: 898
quem dera, jaber, quem dera...

o código penal brasileiro está
prevendo uma mudança nisso...
talvez eu possa ter um pé
de feijão mágico em casa hahaha

Criado em: 15/10/2012 16:19
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Re: segundo
sem nome
sobre coentros e afins; descriminalizar uso e porte, acho, será um puta retrocesso...

Criado em: 15/10/2012 16:42
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Re: segundo
Membro de honra
Membro desde:
28/9/2011 23:22
De Olinda, Pernambuco
Mensagens: 898
o porte e o uso já foram descriminalizados.
o juiz apenas decide qual é o perfil
do possível réu: se traficante ou usuário.

mas eu considero um avanço.

o álcool é uma droga muito mais pesada
que a maconha e não só tem livre comércio
como publicidade intensa.

a liberação da maconha poderá e,
a meu ver, certamente reduzirá
os índices de tráfico interno
desta droga, além de diminuir
uma boa porcentagem da violência
decorrente da compra e venda.

Criado em: 15/10/2012 16:50
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