Bela, aplaudo esta tua iniciativa de tentar apaziguar os ânimos aqui, cada vez mais exaltados. Cada um tem as suas razões, agora só falta limá-las para que se encaixem umas nas outras, para que o respeito se faça presente. Admiro-te por resolveres intervir nesta questão de um modo imparcial. E também assim te amo mais. Beijo.

Com muita satisfação caro poeta Carlos Teixeira recebo suas contribuições para este debate e agradeço por sua sensatez e ao mesmo tempo o convido a se manifestar sobre alguns quetionamentos que faço, a título de organizar as discussões, no tópico seguinte.

Agradeço por todas as palavras de acolhimento a nós brasileiros e devo dizer que eu, particularmente, me sinto parte de Portugal até porque não poderia ser diferente, pois descendo de portugueses, tenho influências portuguesas na cultura do meu povo que foi colonizado por portugueses e vou me casar com um, e morar em Portugal.

Um abraço!

Passo agora a encaminhar discussões sobre o seguinte aspecto:

TEOR DOS COMENTÁRIOS – O ATO DE CRITICAR E RECEBER CRÍTICAS

Antes de tudo farei um breve comentário sobre o que é crítica.

“A palavra crítica (do grego crinein) significa separar, julgar. A crítica é uma avaliação que julga o mérito estético de uma obra de arte, a lógica de um raciocínio, a moralidade de uma conduta etc.” *

A crítica pode ser feita baseada na objetividade e na subjetividade.

A subjetividade é o que chamamos de “gosto”, é o que alguém acha sobre algo, é a expressão de um sentimento, um prazer ou asco por algo, de acordo com uma identificação interior. Daí a expressão “gosto não se discute”.

A objetividade busca uma avaliação mais racional a partir de um padrão previamente estabelecido com o qual a narrativa, obra de arte, teoria, é comparada. Os critérios desse padrão são determinados pelos entendidos num determinado assunto de acordo com a tradição ou com a teoria vigente em uma determinada época.
Portanto a discussão neste site levantada sobre comentários afetuosos ou comentários críticos na verdade deve nos levar a entender que em ambos os casos está se falando em uma crítica, um julgamento feito a partir de dados objetivos ou subjetivos.

Considerando que estamos num site literário e que também, é obvio ululante, trata-se de um site de relacionamentos entre escritores a crítica é rotina de todos nós que estamos exercendo o direito à livre manifestação garantida nas Constituições de países ditos Democráticos de Direito, como são Brasil e Portugal.

Afeto ou avaliação técnica pode coexistir sem problemas num comentário desde que não se perca de mira que o que está sendo avaliado é o texto e não apenas o autor. Afinal aqui não é só um site de relacionamentos, mas também um site literário e vice versa.

Assim com fins meramente práticos trago à baila alguns questionamentos para orientar a reflexão e participação de todos na discussão:

1. Qual o seu objetivo quando se inscreve num site literário de postagem de textos e de relacionamento social?

2. Como você vê a contribuição de seus textos para a Literatura?

3. Com que objetivo você lê e comenta um texto?

4. Você teria coragem de falar ‘mal’ de um texto ao seu autor com o objetivo de fazê-lo melhorar sua produção textual?

5. Você aceita críticas deste tipo e se aceita de que forma entende ser a maneira ideal para fazê-la?

6. Em que a literatura ganha com críticas feita com objetividade e o que perde?

7. Em que a literatura perde com comentários meramente subjetivos sem avaliação do texto em si e o que ganha?

Peço que ao emitir sua opinião seja objetivo e diga a qual item a que se refere. Evitemos fugir do assunto e ofensas pessoais.

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* KLIMICK, Carlos in http://historias.interativas.nom.br/klimick/?p=14

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O próximo aspecto a ser abordado neste debate será:

O LUSO POEMAS HOJE – NECESSIDADE OU NÃO DE MUDANÇAS A PARTIR DE SUGESTÕES E PROPOSTAS.


Agradeço a todos desde já.

Ângela Rolim
Em 14/11/2012

Caio, não te roas mais de curiosidade porque tenho para mim que o meu texto seja o culpado da manifestação de desagrado aqui expressada. Mas é sempre bom lembrar que quando se escrevem coisas assim se tem uma razão. É bem provável que essa razão não seja do conhecimento de quem se mostrou indignado com a prosa. É que existem coisas que muitos não apanharam por já terem entrado na carruagem em movimento...

A razão do texto remete-se a isto (convém ler todos os comentários lá expostos para se compreender bem):http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... at&order=ASC&type=&mode=0

PS. Aproveito também para aplaudir esta iniciativa da Angela.Rolim, que me parece de grande valor para o bem da saúde do Luso bem como de todos os que por aqui vão continuando, acreditando sempre que um dia voltará a ser diferente!

cadê o Ombuto? queria ouvir de sua opinião acostumada à guerrilhas e trincheiras...

será, cleo? vixe hahahaha

tem muita gente que pega o bonde
andando e ainda quer janela,
como dizemos por aqui.


1. Qual o seu objetivo quando se inscreve num site literário de postagem de textos e de relacionamento social?

no começo, iria usar o luso-poemas
como depósito de textos. mas descambei
a ler os outros e deu no que deu...

2. Como você vê a contribuição de seus textos para a Literatura?

"a" literatura, em geral? bom, nada.
meus textos são folhas de papel ao vento
e meu dever não é apanhá-las, mas espalhá-las.

3. Com que objetivo você lê e comenta um texto?

geralmente, pra dar minha opinião sincera.
quando o texto não me emociona ou não me passa
nada, fica mais fácil de analisar sem o calor
do momento. é mais difícil dizer porque gosto
do que dizer porque não gosto de um texto.

4. Você teria coragem de falar ‘mal’ de um texto ao seu autor com o objetivo de fazê-lo melhorar sua produção textual?

é o que mais tenho feito ultimamente.
difícil é aceitarem minha opinião
como isso mesmo: uma opinião.

5. Você aceita críticas deste tipo e se aceita de que forma entende ser a maneira ideal para fazê-la?

aceito críticas de todos os tipos,
até mesmo as ofensas baratas.
tudo é válido em meus textos,
até dizer que "é lindo, adorei".
eu não faria isso. já fiz. hoje
não mais. mas qualquer pessoa
é livre pra dizer o que pensa
da forma como achar melhor.
pelo menos em meus textos.
luto pra que seja assim
em todo o site.

Olá, Ângela. Parabenizo-te pela iniciativa e por seu tom ponderado e reflexivo a respeito dos temas aqui tratados. Por favor, diga que mando um fraternal abraço ao Luís que, para mim, é dono de um dos mais belos versos da Língua Portuguesa: "o vôo rasante dos flamingos". Com relação à crítica ou ao ato de criticar textos literários ou que se pretendam literários, acho-o válido. Ele é uma forma de construirmos conhecimento, de autor e leitor interagirem ainda mais quando a crítica se dá num site que se propõe ser de livre leitura e escrita. Quando lemos um autor de livro, raramente, temos a oportunidade de interagir com ele. Aqui, ao contrário, em tese, temos sempre a chance de travar um contato mais efetivo com autor fazendo-lhe questionamentos a respeito das intenções e da gênese de um dado texto; em suma, de dialogar com o autor. Algo assim, consegue-se somente em espaços como esse. Ainda com relação à crítica, especificamente, a literária, segundo os historiadores dela, houve um tempo em que ela se pretendeu científica, como a matemática, a física ou a biologia. Tal pretensão trouxe à crítica literária certos progressos e, por algum tempo, ela, de fato, foi encarada como uma ciência com um objeto específico de estudo: o poema ou a literatura de modo mais amplo. O principal benefício auferido por tal visão foi uma maior objetividade na avaliação e exame de seu objeto de estudo, livrando, em grande medida, a crítica literária do juízo calcado somente no gosto e na opinião. Ocorre que este sonho da crítica literária em ser uma ciência pura, livre das discussões meramente opiniativas, não durou muito. Isso aconteceu exatamente devido à constatação de que todo o crítico antes de ser crítico ou um cientista do fenômeno poético é um leitor com uma formação específica e repleta de idiossincrasias. Portanto, a crítica jamais seria um ciência pura, exatamente pelo fato de que o crítico jamais estaria apto a emitir juízos e julgamentos totalmente objetivos e isentos de preconceitos e do meramente opinativo, ou seja, sua avaliação jamais se daria sem alguma carga de subjetividade oriunda de sua formação como leitor. De modo que mesmo o crítico mais treinado na arte da crítica literária e na avaliação de um poema ou texto, estaria sujeito ao erro, ao engano, ao equívoco ou ao meramente opinativo. Seus julgamentos, ainda que os queira, jamais seriam eternos, imutáveis e inquestionáveis como 2 mais 2 são quatro. Portanto, se até os críticos literários estão sujeitos a emitir um julgamento falho, imagine quem o faz armado apenas do seu gosto e opinião. Por isso, penso que aqueles que ficam tão melindrados com determinados comentários e críticas, cogitando até em abandonar o site não precisam fazê-lo, pois, na minha opinião, não encontrarão palavra ou opinião definitiva de mim, do Caio ou de qualquer outro usuário deste sítio a respeito dos seus textos.
Com relação à composição poética, na minha opinião, nenhuma palavra é proibida no poema, todas podem fazer parte dela e qualquer coisa pode vir a se tornar um poema. Determinadas palavras ou temas só são proibidos no interior de um estilo ou de determinadas regras de composição desenvolvidas por um poeta ou um grupo de poetas, mas isso é algo a posteriori e jamais anterior ao poema. Ou seja, a priori, qualquer palavra pode tornar-se poética e qualquer objeto pode se tornar um poema. É o que chamamos de liberdade de expressão. Grande abraço a todos e espero ter dado uma contribuição válida para a discussão.

Quero agradecer a todos que deixaram suas contribuições aqui eu estou elaborando um relato conclusivo a partir das falas de todos vocês, no momento, da minha parte quero ler as opiniões. Destaco nesta segunda fase referente aos questionamentos as respostas ponto a ponto do Caio e do Carlos Teixeira o que é muito interessante para todos os fins. Quero agradecer ao Felipe Mendonça pelo excelente comentário aqui deixado, muito esclarecedor sobre os aspectos da objetividade da crítica e da influência do subjetivismo que nela interfere. E agradeço em nome do Luis a deferência do comentário sobre o seu talento e sobre o texto citado. Um abraço a todos!

Parabéns pela iniciativa poetisa Angela.
Estou de pleno acordo com a tua iniciativa e também louvo o teu texto.Eu não gosto de brigas nem poemas onde uns batem nos outros sou da Paz. Acredito que todos têm o direito de criticar mas não com palavras que possam machucar como disse o meu amigo poeta Aquazulis, basta limar as palavras. O poeta Caio já me visitou duas vezes para dizer que não gosta de musicas no texto e que as rimas são forçadas, tudo bem, eu gosto então coloco música e rimo porque é assim que gosto não briguei nem vou brigar, ele tem a opinião dele que respeito, mas continuo com a minha. Nos meus comentários apenas digo o que o texto me passou porque no meu entender para fazer uma boa crítica eu tenho que ter profundo conhecimento de tudo que por aqui é postada e não tenho essa sabedoria toda, minha poesia é singela, não sou escritora nem alguém com bagagem capaz para ficar criticando. Estou por aqui a quase 3 anos e adoro este site e por causa de brigas que assisto, quase sempre dou um tempo e fico só comentando, mas sair daqui não pretendo.
Espero que surta um bom efeito o teu esforço poetisa Angela e que todos se entendam.
Que volte a Paz por aqui.
Carolina

Cara Cleo tenho grande satisfação em recebê-la aqui e para mim foram muito importantes as suas colocações, pois, como você bem disse há fatos que sendo desconhecidos dão margem a outras interpretações. Quando eu li o seu texto na sua página no qual você falava sobre fatos passados e da saída de grandes poetas do Luso eu entendi que se referia a algo fora do meu conhecimento e até tive vontade lhe perguntar ao que você se referia, mas não o fiz. Agora vendo este manifesto de um grupo de Lusos a favor do Luso eu vejo que realmente estive no Luso, sem estar nele, vez que não sabia sobre este movimento, nem quem dele participava. Gostaria de saber um pouco mais sobre ele, claro que neste espaço seria talvez um desvio do tema, por mim proposto nesta primeira etapa, ou não, talvez quem do movimento faça parte tenha algo a partilhar e que contribua nesta discussão, de qualquer forma creio que teremos oportunidade de conversarmos mais sobre isso. Eu sou uma brasileira pelo Luso, mas apenas dando minha singela contribuição para um avanço no diálogo e na busca de suscitar reflexões e opiniões para encaminhamentos outros no que se refere aos assuntos que palpitam no momento, aos quais aqui me refiro. Espero contar com seu apoio em outras oportunidades também, já que nesta você está aqui para contribuir conosco e por isso eu agradeço muito!