Rio das páginas rasgadas !
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Quando do morro chega, voz maldita,
Finca pé na soleira ímpio adeus...
Quem lá se vai só vê aqui quem fica
Na conta dos que foram entes seus

Em resgatar do caule em raso leito
Por ressequida a seiva se enlutou
Já não suga da terra o lasso peito
Ao jeito de riacho que secou

Respiro, trampo e rezo; até rio...
Pelo laço ceifeiro e sinuoso
Do adeus arredado por um fio
Sobrevida... perpétuo desafio!
Não me enseje por fim, renhida liça,
Ler-me o nome nas páginas do Rio.

Ler-me o nome nas paginas do Rio,
Incluso a orbes pérfidos, singrando,
De incógnito filho, por cenário
De ossadas... e estatísticas inchando.

Fratricida torrente que escorraça,
Pela tacanha vala do descaso,
Os acasos que preferem a mordaça,
Procriando o decesso a curto prazo.

Mercê de armada horda em cada esquina,
Soldo infame o semáforo me outorga,
Por pagar-lhe tributo a disciplina.
Não é sorte que quero ou mereço,
Entre a ceifada prole ser contado,
Reles carcaça podre... e endereço.

Criado em: 1/8/2017 16:47
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Re: PÁGINAS DO RIO!
sem nome
Com'um grito, doze de nós

Doze
nós


-Doze nós, tem uma figueira
Ao medir-se dentro de nós, em vidas
Que a gente tem e não sabe explicar.

-Doze é a distância do braço ao pego,
Iguais de uma à última cadeira,
De ponta a ponta de certa mesa.

-Doze, os carvalhos de uma clareira,
Todos leais, à sua maneira monarcas
(Todos iguais, Todos Deuses)


Prodígios, nós e os meses da paz
Com'um grito, doze de nós…



Criado em: 1/8/2017 16:56
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