O Botão de «implosão» |
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sem nome
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Vejo muita discussão em torno do botão «delete». Mas o que falta mesmo no site é o botão de «implosão». Falo de um botão privado, que é diferente de «privatizado». Um botão que cada um tenha o direito de premir quando achar por bem, e mandar às urtigas todos os registos da sua passagem por aqui. Uma espécie de direito à eutanásia. Uma liberdade maior. Esse botão é o único perfeitamente legítimo no final de contas, mas não existe. Claro que os mais puristas, os cultores da poesia do amor, não vão gostar da ideia. Não suportariam a dor de alguém se suicidar sem o seu consentimento. E mesmo que o acto seja actualmente assistido, isto é, na presença do webmaster, não é a mesma coisa. Eu advogo o direito à auto-determinação, nem que isso deixe os cabelos em pé a todos quanto necessitam de leis para justificar as suas próprias condutas pecaminosas. Toda a discussão em torno de comentários a textos, sejam eles abonatórios, críticos ou insultuosos até, é uma falsa questão. Quem escreve por imperativos maiores, sabe que o texto deixa de lhe pertencer no momento da sua edição. Pertence ao leitor, e este tem todo o direito de achar o que bem entender. É óbvio que escrever um texto num jornal ou editar um livro, não tem normalmente para o autor o feed-back que um site possibilita. Seja do Luso que estamos a falar, seja do facebook, seja no seu blogue pessoal, ou por qualquer outro meio digital. Não perca é o autor a noção de que não se pode mostrar uma criação ao leitor dentro de uma redoma de vidro, tipo: - Aqui está a minha criação, é minha, só minha. Esse nunca será escritor, apenas um coleccionador de cotões umbilicais. Mas ninguém é obrigado a ser escritor. Não é uma condição que se escolha afinal. O direito à crítica vive em paralelo com o bom nome de quem a escreve e de quem a recebe. Ninguém deve ser atacado na sua condição de indivíduo, a menos que isso se encontre confundido por actos e omissões. Por isso, e é meramente uma opinião pessoal, um «delete» não pode ser parcial. A acontecer, que seja total, e depois… Depois, nada volte a ser como dantes.
Criado em: 14/10/2011 10:53
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Re: O Botão de «implosão» |
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Administrador
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27/10/2006 19:09 De Aguiar, Viana do Alentejo
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Eu concordo com esse botão. Facilitava as coisas para alguns utilizadores (e não estou a brincar).
Sublinho a afirmação: "Quem escreve por imperativos maiores, sabe que o texto deixa de lhe pertencer no momento da sua edição. Pertence ao leitor, e este tem todo o direito de achar o que bem entender." Valdevinoxis
Criado em: 14/10/2011 11:36
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A boa convivência não é uma questão de tolerância. |
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Re: O Botão de «implosão» |
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sem nome
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Concordo com este botão. É uma idéia excelente.
Facilitaria mesmo a vida de alguns utilizadores. Um abraço em você, Marco, Fernando, que seja. Gostei bastante da limpidez do teu discurso.
Criado em: 14/10/2011 12:05
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