O QUE É A POESIA
Membro de honra
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1/12/2007 10:08
De Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
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O que é a poesia?
Se alguém me faz esta pergunta a frio, sem tempo para reflectir, (sim, porque eu compreendo facilmente se me explicarem durante algum tempo) diria que a poesia é escrever um texto com sentimento, é escrever uns versositos, aliás é o que eu faço, mas reflectindo durante 3 horas, chego à conclusão que a poesia não é isso.
Eu, não obedeço às regras da poesia, não me chamo Pessoa, nem Baudelaire, e muito menos Camões.
Para mim escrever poesia é escrever o que nos vai na alma, o que o coração nos dita mas sem regras, aliás, eu sou sempre contra as regras, não gosto mesmo nada de fazer o que os outros me dizem de o fazer. Porquê escrever e seguir os Alexandrinos? Ele inventou, então ele que faça o que inventou mas que não me obrigue a mim a fazer o que ele idealizou.
Para mim e como já disse, é escrever livremente, sem regras, sem restrições.
Há algumas semanas, publiquei no Franco Poemas um poema que eu considerei de soneto.
Ora um soneto tem as suas regras e eu não obedeço a essas regras, primeiro, não sou poeta, segundo, não ganho nada com o que escrevo, sim, ganho o prazer de escrever e de ser lido se alguém achar por bem de o fazer, mas é tudo. Logo veio um poeta me perguntar o porquê de eu considerar o meu poema como soneto, simples, respondi eu, porque simplesmente assim eu o decidi, não sou escravo das invenções nem dos interditos.
Mas volto ao principio e pergunto o que é a poesia. Tenho para mim, que a poesia, é escrever o que sentimos, o que nos vai na alma, o que o nosso coração sente, é descrever com verdadeiro sentimento o que não vai nesta nossa sociedade e que por vezes me fazem quando leio, chegar as lágrimas aos olhos, isto sim para mim é poesia, o resto não são que de versos que se escrevem e quantas vezes para dizer mal do vizinho.
E tudo isto porquê? Porque alguém disse que não soube que alguém queria fazer do Luso um site de elite, nada de mais falso.
Confirmo, que quando cheguei aqui ao Luso em 2007, havia já um grupinho que assim o queria e se alguém dessa época me disser que não sabia, está a mentir e a prova cabal tive-a no mês de maio deste ano por alguém que me disse que na verdade assim era.
Se eu quiser escrever e publicar o que escrevo para ter notoriedade, não sei onde o fazer visto que não sou poeta, mas como considerei e considero o Luso Poemas um site de literatura aberto aos bons , aos menos bons e as maus onde me insiro, aqui estou para continuar a escrever e a publicar para quem entender, ler, se não me apreciam e sei que é o caso, não preciso de explicar porquê o digo, não leiam, façam o mesmo com todos os que escrevem mas por favor, deixem-se de guerras, deixem-nos a nós os maus escrevedores de versos passar o tempo e nem sabem quanto nos faz bem ( é o meu caso) de escrever mesmo se não somos apreciados.
Dêem livre autoestrada à liberdade de expressão, não provoquem quem quer que seja, façam as vossas criticas construtiva e não demolidoras pois que neste caso caso estão a prestar um mau serviço à literatura, não considerem de nojento um poema que não vos agrada, e verão, tudo irá pelo melhor
Luso-Poemas. Sempre!!!

A. da fonseca

Esta é a minha opinião, sou como sou e não como outros querem que eu seja.



Criado em: 2/10/2011 12:31
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SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
http://sacavempoesia.blogspot.com em português
http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans
http://a...
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Re: O QUE É A POESIA
sem nome
Tambem me fartei de certas guerrinhas isto é um site de poesia agora noto que esta tudo mais calmo espero que continue abraços Amigo Alberto

Criado em: 2/10/2011 16:10
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Re: O QUE É A POESIA
sem nome
Poesia, amigo Alberto, é o que se quiser. Aqui no Luso!

Abraço

Criado em: 19/10/2011 11:22
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Re: O QUE É A POESIA
Membro de honra
Membro desde:
17/7/2008 21:41
Mensagens: 2207
Camarada,
A Poesia é uma forma de Arte, entre outras, que, consoante a época se rege por normas estéticas específicas, uma espécie de caderno de encargos que os que possuem o ofício seguem até que, outra norma estética surja e ganhe adeptos.
Sucintamente, em primeiro foi o meio para que a notícia chegasse mais longe, usando normas como, por exemplo, o som (mais visível na rima) e a repetição. Tal fazia com que fosse mais fácil a memorização.
Hoje, há múltiplas vias. Não vou exagerar e afirmar que cada um de nós possui uma via específica. Em termos da poética em Portugal, direi que, visíveis, há três: uma que preconiza a aproximação da linguagem poética do real, mais urbana, no sentido de citadino; outra que prefere a palavra em si para a construção de uma quase direi rede metafórica, capaz de despertar em nós um mundo-outro, uma espécie de representação simbólica do mundo, um mundo-palavra; e, por fim, uma poética que, de uma forma mais radical, procura o conhecimento do que nos serve para representar o mundo, de novo o enfoque na palavra, mas como fonte e água de conhecimento. Três exemplos rápidos: Manuel de Freitas, Herberto Helder e António Ramos Rosa, respectivamente.
A via que sigo preferencialmente (ou seja: enquanto faço a via de obra) é uma outra, que hoje está na sombra das dominantes, uma poética que tem a memória (uma mescla de vida e de cultura) como base essencial de trabalho e que se projecta através de uma estrutura fonética cuidada, imagens claras e síntese. Pertenço, no fundo, à família de um Martim Codax até a um Eugénio de Andrade.
Muito provavelmente não lhe respondi ao que pretendia, mas creio que também não era a resposta a essa questão o que procurava, antes o marcar terreno relativamente ao conceito que o Alberto entende como seu.
Eu, pessoalmente, gostaria de um Luso-Poemas verdadeiramente múltiplo, mesmo que eu não aprecie a maioria dos textos que por aqui leio, mas, tal como referi num outro tópico, já colhi boas ideias em poemas que considero maus.
Aliás, já li livros feitos com maus poemas, mas que funcionam melhor, para mim, claro, do que outros que são meras colagens de poemas, apesar de lhes, individualmente, reconhecer mérito.
Um abraço
Xavier Zarco

Criado em: 19/10/2011 12:47
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