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Criado em: 13/1/2012 12:34
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Re: Técnica para Prosa Moderna, segundo Jack Kerouac
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Parece-me que os pontos primeiro e último são exatamente o que a maioria dos internautas faz hoje, ainda que sem o talento de Kerouac ou sem ser secreto para o rápido consumo de uma sociedade vouyerista.

Em todo caso, temo ser o caso de se repensar se um escritor de 50+ anos atrás que fala em datilografia ao invés de digitação ainda deve ser considerado moderno... rs

Criado em: 13/1/2012 13:41
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Re: Técnica para Prosa Moderna, segundo Jack Kerouac
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Eu me pergunto o que seria sair do século XIX. Escrever sonetos hoje seria estar no século XIX? Será que o pessoal daquela época achava sonetistas antiquados? "Este poeta cheira a um livro de Camões"...

Poesia é atemporal. Não são descritos eventos (exceto em épicos narrativos em versos), mas sim desejos e sensações subjetivas. Tirando a linguagem e uma ou outra referência a príncipes ou celulares, fica impossível estabelecer ser um poema de uma época em particular.

Ou será que a marca que distingue nossa época é o caos? Música atonal, pintura abstrata, versos livres e brancos... seria isto a ser moderno? Porque é bastante provável que ruídos sem escalas tenham sido das primeiras formas musicais, rabiscos desordenados as primeiras tentativas pictóricas e, muitos milênios depois, Homero cantava em rapsódias seus épicos em versos brancos.

Moderno é viver hoje e de hoje falar, não importa a forma empregada...

Criado em: 13/1/2012 19:23
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Re: Técnica para Prosa Moderna, segundo Jack Kerouac
Membro de honra
Membro desde:
2/1/2011 21:31
De Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
Tenho seguido com alguma atenção os seus escritos que denotam sobretudo não só preparo mas também temas que podem ajudar quem lê quem escreve até proporcionando futuras procuras individuais para outros horizontes outras leituras.

Raymond Chandler, e por mais que os puristas digam que a literatura policial é um género de literatura inferior (eu não o acho, apenas opiniões), escreveu “escritor que detesta escrever, que não tem alegria na criação de mágica com as palavras, para mim simplesmente não é um escritor”

Parece-me que esta frase define o escritor moderno , como o conhecimento da Língua, como o conhecimento do vocabulário, porque é com esse conhecimento que se pode redigir “de forma selvagem, indisciplinada, pura, que venha de dentro”, quanto ao “mais louca melhor” coloco algumas reticências”.

Porque não sei o que é escrever com loucura. Como acabei de ler o “Cemitério de Praga” de Umberto Eco, onde apesar da loucura das personagens,dos complots, assassinato, falsificações, jesuítas, judeus, maçons, a escrita do autor obriga o leitor a ter alguns conhecimentos sobre a língua, a escrita, a história, até mesmo o estilo clássico e não moderno dessa mesma escrita, será esta a loucura?

E que dizer da “Viagem do Elefante” um texto circunscrito a um determinado periodo histórico, onde toda a modernidade da escrita de Saramago está presente? Será esta a loucura?

Quanto ao resto são opiniões que respeito, podendo discordar, pois cada um tem a sua própria técnica de escrever.

Por vezes penso naquele que escreveu “secánevassefaziassecáski, e como é diferente de escrever “se cá nevasse fazia-se cá ski”.
É como este meu comentário que começou sem virgulas há quem diga que servem para respirar e acaba da mesma maneira será loucura modernidade ou ambas? Para mim apenas é um comentário.
Obrigado.

Abraço-te

Criado em: 14/1/2012 3:07
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"Floriram por engano as rosas bravas
No inverno:veio o vento desfolha las..."
(Camilo Pessanha)

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ricardopocinho@hotmail.com
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