Poemas : 

a dúvida

 


não tirem o vento às gaivotas - sampaio rego sou eu


a letra desvanece
os olhos escurecem
a manta encurta
as mãos enrijecem
a dúvida fortalece-se

amarra todas as palavras
todas
mesmo sendo poucas
são todas
um tesouro

“a dúvida” será título
deste excremento
perdoem-me
se o texto vos suscitar
dúvidas
ao excremento

as palavras
sei que são escassas
mas mesmo assim
componho
um vida de excremento
e
excremento sem vida
 
Autor
sampaiorego
 
Texto
Data
Leituras
843
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
6
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 23/06/2010 21:31  Atualizado: 23/06/2010 21:31
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: a dúvida para sampaiorego
e tudo isto sem dizer merda...não há dúvida,temos poeta.rs.

beijo,sampaio.


Enviado por Tópico
Margarete
Publicado: 24/06/2010 03:17  Atualizado: 24/06/2010 03:17
Colaborador
Usuário desde: 10/02/2007
Localidade: braga.
Mensagens: 1199
 dessa dúvida que falas. ao sampaio.
eu queria duvidar do círculo perfeito. atirar o corpo ao fogo e emolar a pele. mas as palavras quando escassas ficam loucas e móem como cápsulas anti-solidão. no coração. na cabeça. no verso disto e daquilo. dizê-lo parece simples vive-lo é o mais difícil. persiste a dúvida serena até à exaustão.


um beijo,
mar.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/06/2010 13:00  Atualizado: 24/06/2010 13:01
 Re: a dúvida
Ola

Há sempre uma duvida pairando entre os dedos que constroem a vida.

Poema bem elaborado e original

Abraço