Textos : 

kali

 
.


não tirem o vento às gaivotas - sampaio rego sou eu


nunca compreendi pessoa – como é possível ser tanto num corpo só - estou a meio de um fim-de-semana num corpo desmanchado por processos que não reconheço – sou um eu agora e logo não sou – um corpo meio morto de desgosto. respiro – outro meio corpo vive para ver a outra parte morrer. respiro – a festa vai ser de arromba num funeral de cortar a respiração
 
Autor
sampaiorego
 
Texto
Data
Leituras
899
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
19 pontos
7
2
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 16/06/2014 22:27  Atualizado: 16/06/2014 22:27
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: kali P/sampaiorego
Acho o título perfeito. Transformações e funeral sem esperança de reviver. Os funerais agora são assim, comes e bebes e muitas anedotas que cortam de facto a respiração.
Progresso e imaginação$ Helena



Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 22/06/2014 18:10  Atualizado: 22/06/2014 18:10
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8095
 Re: kali
e ainda bem, porque outros renascerão para se re-inventar e nos inventar em poemas e textos partilhados.
beijo e resto de bom domingo


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 25/06/2014 03:52  Atualizado: 25/06/2014 03:52
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17875
 Re: kali
se eu fosse no meu funeral... gostaria de cortar
a respiração reunida com um violão cegando os olhos, e
que ele estivesse ao meu lado (não ao redor), com todos
de havaianas, bebendo e cantando o choro, junto à minha ausência eterna.
roubar-ia de todos a presença, esse seria o início.
o outro morrer seria o afastar do tempo nos olhos, o esquecimento
do porque estive eu em meu funeral, comigo presente, e todos
desejando-me...me perdoe, mas só sei voar assim num funeral.
beijo, meu querido