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Ecos da Montanha

 
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Ecos da Montanha

No silêncio da montanha,
copada de verde estival,
grito aos vales o desespero
cravado na minha alma penitente.

E a quietude da montanha,
suavemente adormecida
pelo vento, é quebrada
por mil ecos ribombantes.

Mas a montanha não me devolve
lenitivo capaz de serenar
o frémito da minha mente.

Se a alma sofre, o pensamento
deturpa a realidade nua.
E, demente, berro a revolta,
as angústias, o penar, dum solitário.

Mas a montanha queda-se calada,
ofendida pelo esvoaçar das aves,
e nada me diz e, tão calma,
retoma a paz perturbada.

O vento nega-se à louca aliança,
entre nós, e pára o lento soprar.
A montanha dorme. Silêncio...
Silêncio na montanha...

Calo o lamento - o olhar
vagueia, perdido, malfadado,
nos verdes lenhosos que recortam
os celeste azulados banhados
de oiro do sol martirizador -
Os silêncios são somente ecos de mim.


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 13/06/2015
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/06/2015 17:10  Atualizado: 14/06/2015 17:10
 Re: Ecos da Montanha
Sempre muito bom passar por aqui e encontrar tuas lindas poesias!

Abraco.

*Anggela*