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Intempéries

 
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Intempéries

Na gélida serra ensolarada
do pálido astro de meu inverno,
trepo, trôpego, de alma magoada,
almejando céus que não o inferno.

E o vento me enlaça tão vigoroso,
tendo-me por amigo de solidão...
Nessa clamor sem tom harmonioso,
me diz quão triste é meu coração.

Ruge, feroz, confrontando copados,
seus vis carcereiros impiedosos,
recua e vai à batalha perdida.

Somos os aliados enfadados
que nos lançamos intempestuosos
na ravina suicida da vida.


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 26/06/2015
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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