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Com e sem sol

 
Tags:  poesia    escrita    introspeção  
 
talvez haja o sol,
uns desenhos sujos,
irrelevantes,
morrendo como sombras chinesas
nas paredes eternecidas,
do entardecer,...

com as cidades
a perecerem por trás da frase,
do complemento direto
destes segundos
que matam mais
que debitam,
a nascitura infelicidade
de milhões de anos
num copo de nada,...

e quando só há o breu,
a fútil certeza da desilusão,
fazes-me a mim mais mal,
que bem,...

sem sol

 
Autor
theartist_lc
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/10/2018 16:00  Atualizado: 06/10/2018 16:01
 Re: Com e sem sol
.
Os bons poemas pagam-se caros... Que o diga o eu poético, num dia de especial escuridão.
(É impressão minha ou eu tinha visto por aqui um outro texto seu? Que falava de "palavras bonitas"...?)



Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 28/05/2020 08:52  Atualizado: 28/05/2020 08:52
Da casa!
Usuário desde: 27/06/2016
Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: Com e sem sol
Esta estrofe está particularmente bela:

"talvez haja o sol,
uns desenhos sujos,
irrelevantes,
morrendo como sombras chinesas
nas paredes eternecidas,
do entardecer,..."

uma imagem, feita de contrastes, que acentua como o "com" e o "sem sol" fazem inevitavelmente parte das nossas vidas. E, no meio deles, todo um espectro de possibilidades onde as "sombras chinesas", desenhadas formas "nas paredes" do entardecer, pertencem.