Fiz o que não devia;
Estraguei tudo – se é que havia algo para estragar... –
Intrometi-me, magoei, ofendi (talvez!) quem mais admiro (sim, ainda a admiro).
Não há mais nem um sorriso...
Nem mesmo um olhar...
Agora nada!
Se antes pouco havia, menos agora há, na verdade, não há, é algo nulo,
vazio, frio, triste e desprezível...
O que farei?
Errei, errei... realmente errei...
Tentei ajudar?
A quem quis ajudar?
A ela ou a mim mesmo, esperando algo em troca?
De que vale uma ajuda se o principal objetivo é o interesse –
interesse este meu, meu interesse: egoísta, bobo, fraco, sem caráter, desprezível também. – e não o sujeito a quem se oferece a ajuda?
- Se é que isto pode ser chamado de ajuda! –
Não creio.
Nos olhos dela não posso mais olhar, fitá-los, nem pensar!
Tenho vergonha...
Vergonha de mim, do que fiz, do que posso ter causado pelo simples egoísmo:
pensava em mim, não nela...
Fui tolo ao pensar que levava vantagem.
Tolo, tolo... tolo... tolo... to... lo... tolo...
E qual vantagem?
Por acaso, tenho eu alguma qualidade que poderia fazer com que ela me amasse, ou simplesmente gostasse de mim,
largando assim,
o seu verdadeiro amor?
O que me dá o direito de querer entrar em sua vida (dela, a minha musa), se nem
seu amigo sou?
ARG... estou louco! Deveras louco...