Silêncio!...
Há no quarto cinzento,
três sonhos morrendo,
um' alma em apuros.
Que infortúnio!...
Tal qual andorinha sem rumo,
abelho, contudo
frente a um temporal.
Sinto as chamas do inferno adentrando
o cerne.
--Ah, este meu céu de espelhos mirados!!
De sedas putas!!
Do sangue
desvirginando a
cabra!!
Um balão, na cave do monstro,
vinga a imperícia
d' uma vida sem dono.
Ai, o meu eu!...
O meu eu...
Jaz
submisso aos olhos
de deus.
Leonor Huntr