Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 30/04/2020 18:03 Atualizado: 30/04/2020 18:03 |
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Re: Aquilosante
às vezes, é a única coisa que vale...
Comentário 1 |
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Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 02/05/2020 17:15 Atualizado: 02/05/2020 17:16 |
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Re: Anquilosante
A anquilose surge quando uma articulação deixa de ser funcional, solidificando.
Falamos de desarticulação. Ao aparecer na primeira estrofe, junto a distância, pode justificá-la. Até porque a palavra vem de forma adjectivada. Entre um lugar e outro lugar. Porque há muita ilusão em achar que há forças imbatíveis, sentimentos insuperáveis, e relações (por ex.) que não mudem ou sofram com ela. A segunda estrofe tem o dom de marcar o poema. Cheia de metáforas coloca-nos a divagar além da distância espacial, na temporal. De como vivemos obrigatoriamente iludidos com ideias sobre o agora e o amanhã. "...neste segundo..." di-lo tão bem. Mas construímo-nos em "...ladaínhas...", mesmo que por um momento tenhamos consciência do que nos dizes nessa segunda estrofe, não há como não abdicar desse instante e voltar ao paradigmático passado-presente-futuro (e de preferência longo). É exactamente a memória desses dias (dois, ou mais) e da hora que esperamos, que nos define. Continuo a achar que vale a pena. Abraço |
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