Enviado por | Tópico |
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visitante | Publicado: 25/06/2020 09:20 Atualizado: 25/06/2020 10:43 |
Re: Endeusar
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Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 25/06/2020 19:01 Atualizado: 25/06/2020 19:02 |
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Re: Adeusar
Quando um verso dum poema tem a palavra hermenêutica, puxa-me o comentário.
"Adeusar" é um neologismo, ou uma forma verbal invulgar do Dizer Adeus. Parece, pelo menos, e acho bem formulado. O sujeito poético começa na primeira estrofe a falar da forma, que na poesia tem um lugar cativo. Há algum engenho em persegui-la. Muitas vezes em detrimento da ideia, das figuras de estilo complexas e trabalhadas. Fala então da métrica, amiúde antes do "...encanto..." e como encantatória pode ser alguma poesia... Mas há um disfarce esférico que é adicionado, embora, ao nível da metáfora, há aqui um embrulho, pois a esfera é um sólido com um número infinito de faces (1). Isto é, se colocarmos um cubo a rolar a uma certa velocidade sobre o seu centro, passamos a ver uma esfera. Jogar à bola é fútil quanto baste. "...Anoto só cada grito, Todas as exaltações que são veículos, Para as perfeições possíveis,..." Gosto muito destes versos da segunda estrofe. Há muita força no grito. Violência. Na conclusão do poema há um pleonasmo muito bem feito porque fala-se da "...despedida..." na despedida (fim) do poema, e os últimos dois versos chegam a ser geniais. O que não é uma frase senão um verso, ou, o que não é um verso senão uma frase? Abraço irmã\o |
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