No cerrado titã e rubro, a sensação pura Dos galhos tortos, irregular na sua rudez Sente no cessar o abraço de sua ternura Que envolve a noite no agreste timidez
Como o entardecer alastra sua formosura Que para o anoitecer, tão caprichoso, fez, A lua e as estrelas, entregam-se à belezura No céu, da graça que vem pela primeira vez
Quando surge, por fim, a tenra alvorada O sertão, bulido pela sombra orvalhada Recorda, assim, tal uma luxúria nupcial
E o cerrado, saciado, rubro e gentio Vai, frente ao dia, divertido e ébrio Celebrando este feito matrimonial!
Sou alma do cerrado, pé no chão, do triângulo, do chapadão. Pão de queijo com café, fogão de lenha, das vilas ricas, arraiais, filho de Araguari, das Gerais...
- quarto filho de José Lino Spagnol e Joana D'Arc Brasileiro Spagnol.