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(Namastibet) | Publicado: 17/12/2021 19:19 Atualizado: 17/12/2021 19:19 |
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![]() ![]() Usuário desde: 18/08/2021
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![]() Sou tudo quanto dou e devo Sei d'tudo quanto dou e devo, Sou o que entrego tudo dum todo, Ainda que não seja a verdade, Essa é entre mim e esse outro, Que bora seja ele, nem tud'o Que digo é propriamente seu Ou sequer meu, esse outro que sou Sendo gora ele, a esse devo a edição De mim mesmo, disparatada Absurda que duvido alguém Possa descrever d'outra Forma sentindo igual modo, Alternando o contrário com O oposto, vazio com cheio, velho Com novo, passado com futuros, vários Súbitos e não calculados são Apenas e só os outros, não Aquilo que sou eu, único e eu só Que me reconheço como sendo O outro a quem dev'o mundo E outros muitos, insólitos num Dos lados, no outro a mesma Pegada minha, nem verdadeira Nem falsa ou variada, ausente Entre outros que me estranham Quanto eu me estranho a mim, Esse mesmo, aquele que esconde E mostra nada menos que coisa Alguma nova, ousada, amêndoa Amarga, aragem que vai e vem, Eu sou aquele que não está lá, nem Enquanto o outro, atento vinha, vai- -Vem … Joel Matos ( 17 Dezembro 2021) http://joel-matos.blogspot.com https://namastibet.wordpress.com http://namastibetpoems.blogspot.com |
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