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(Namastibet) | Publicado: 23/06/2022 14:32 Atualizado: 23/06/2022 14:32 |
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![]() ![]() Usuário desde: 18/08/2021
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![]() É possível ler na paisagem urbana Aquilo que é difícil, impossível ver No meu rosto, o esgar sem esforço Que nem todos entendem, provo a Loucura a trepar por igrejas frias, nuas Pra ver o tísico universo, paciente Responder a um cego mudo brando, Eu sou o resultado de algo que nego, Consequente à minha própria Inconsequência mecânica, Por conseguinte exponho na pele E exponencio na consciência sobretudo O privilégio régio, magnânimo Como se fosse vício, delinquência Galga, quiçá consciente a noção do crime De pungente mea-culpa, O aborto métrico, sintético, O desacato mental genérico, O pensar mais baixo, mais rude, mais duro, Resinoso, oscilante e menos pragmático, Eu sou o mau exemplo, o mau futuro De tudo aquilo que julgam acerca, A insanidade mental perfeita, Com mais defeitos que qualidades, O pé de atleta, o carbúnculo, O obstetra cego, o nado morto, O gago, enfim o geneticamente cru e cruel, O amargo na boca, o torto rabo da porca … |
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