Algumas vezes em imagino escutar um nome
Em outros momentos um zumbido ecoa agudo
Alguns veem tormento eu alimento minha fome
Com as palavras e imagens me levando ao fundo
Fico tão longe que por vezes esqueço o caminho
Mas sou guiado pelas sirenes e gritos solos sussurros
Algumas vezes as palavras vêm a mim com carinho
Noutras eu mergulho e as busco lá no oceano escuro
Algumas vezes eu sei que escuto meu próprio nome
Me sinto seguro e amparado sem vontade de voltar
Estou longe me sinto despido de tudo que me consome
Mas retorno trazendo suas palavras ali daquele lugar
Existem alguns que não conseguem vir não podem falar
Eles sonham são zumbidos ecos agudos que nos chegam
Imploram que sejam ouvidos nos versos do fundo do mar
Que a maresia carregada de anseios traga tudo que desejam
Deus abençoe os que não se lembram
Carlos Correa