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Poemas : 

"A tempestade incrédula das horas vagas,"

 
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"Veja o mundo num grão de areia,
veja o céu em um campo florido,
guarde o infinito na palma da mão,
e a eternidade em uma hora de vida!"


(William Blake)







e primeiramente,
decifrar a prece desse nome
exemplificar sob pensamentos
aliciar o desejo incomum
ludibriar a solução

por exemplo, o desapego

não tornar enxerto, o sonho
a morada de desespero
frequente posto
insosso
único ponto de outro acervo
petulante deserto
hábil preço
de cartas
e cartas
e cartas


e mais.

onde o número não previne
à lua, assim firme
qual incerto porto
incerto, é.
(este crime!)
a nomenclatura inata de qualquer coisa que o rime
que deixe lá, esse torpor

não é dor
não é espasmo
e por vezes,
nada
é.





a um espelho velado pelos olhos despertos
alheios à condução que afronta o habitual credo
por devoção autenticada
sobre a pele
(parte de cada)
sobre febres que deitei e não procurei me aquecer
(dos acessos em que não a quero)

nem um tombo na tempestade virtuosa
nenhuma lupa p'ra olhar, e. de perto,
a respirar, então.

 
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Azke
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Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 31/05/2023 22:55  Atualizado: 31/05/2023 22:55
Luso de Ouro
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3389
 Re: "A tempestade incrédula das horas vagas,"
Sempre que te leio, viajo, para lá algures bem longe daqui.

Beijo

CB