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Objetivo – escrever um poema

Títulos em espera para o poema:

Não há saudade sem amor

Náufrago sem ti

Vem e rejuvenesce o olhar crescido

Aproveita a vaga azul e vestes as asas comigo

Início do poema

Não te posso culpar
Por tornares vulneráveis
Os olhares que te alcançam
Nem os desejos que te abraçam...
Sem tu esperares

Mas culpo-te por seres saudade
E chegares sem avisares
A este coração
Com fome de te amar

Mas sempre que chegas,
Meu peito vira cais antigo,
Jardim de areia
Paraíso...

E tudo fica azul
Sem o céu debaixo do mar
Sentindo-me a salvo
Nos teus braços de mulher barco
Nos remos do teu corpo
No gosto de um sopro teu

Pode até ser sonho breve
Nos labirintos das horas
Dobráveis
Como as portas
Mas é o que eu mais estimo;
Sonhar-te
Que estás de volta
Ao tacto do meu olhar
Menino

Objetivo – escrever um poema

Título em espera para o poema:

É orar te-rama an aviar

Título à espera de descodificação

Inicio do poema

Deveria ficar furente
Quando a saudade chega
E não estás presente

Mas logo fico,
Perto do teu reflexo emoldurado
Lembrando como és linda
Mordendo o vento
Com batom retocado

corremos atrás do amor
para saciarmos a sede dos nossos sonhos
e acabamos reféns da saudade …
eu de ti …
tu dele…

e voltamos a espremer,
com os olhos a alma
deixando-a ressequida
como um antigo riacho sem água
como uma nuvem sem rasto
como arco-íris sem traços

e queremos que a felicidade caiba em nossos sorrisos

e queremos o íntimo nos braços
quando a solidão nos ralha

e queremos …
mais que tudo
um dócil mundo
aconchegado entre o ventre e os lábios

Herdámos
O choro cantado
O fado em coro
E a saudade das lágrimas

Somos filhos do trabalho
E das cearas

Temos no corpo as marcas

Nas mãos
Os calos da enxada

Nos ombros
Os vincos das sacas

Nos joelhos
A palha seca dos fardos

Nos pés
A terra presa do pastejo

E na alma…
O rio a norte
Que dá nome
À nossa sorte

Temos um lema :

De Nunca deixarmos
Sozinho
Um companheiro
A beber tristeza

Objetivo – escrever um poema

Títulos em espera para o poema:


- Rastejar no céu é olhar-te
- Uma questão de obesidade ocular
- Ampliamos o espaço se olharmos de cima para baixo
- Visão alta
- A tristeza chove baixo
- A íris tem escada
- A cabeça baixa tem cara
- Andava sempre de saltos altos
- O próximo passo é veres se o umbigo fala

Inicio do poema

Ela costuma olhar as coisas com os olhos altos
Não conhecia o meu rosto
Um dia aprendeu a olhar as coisas com os olhos baixos
Não só aquilatou as lágrimas como contemplou o dicionário dos meus lábios

Poema interrompido por falta de talento

quem me dera
forjar aquela
maçã
sem o Adão …
ou nos mínimos dos mínimos,
ser lagarta em tuas mãos …

quero lá saber do veneno… se pudesse acordar no pomar dos teus seios,
seria uma escolha simples entre dois paraísos e um desvaneio

falas do passado como algo perdido,
como se fosse um relógio antigo e parado

o passado é saudade,
é o agora e o amanhã que não vai passar …
é a vontade de voltar para nunca mais regressar …

falas de um amor aparafusado à insanidade
e pouco fazes para procurar a chave …
sabes que a loucura não abandona a doçura de amar

falas mas calas a realidade dos sonhos …
eles estão se afogando ai dentro,
onde os sentimentos,
velejam as naus
nos rios do coração

calas sem falar,
no desejo apertado
e nomeias a pressa,
para voltares
à escravatura da pele …

Objetivo – escrever um poema

Títulos em espera para o poema:

Viúvo da esperança

Cemitério dos prazeres mortos

Donzela perdida… céu entornado

Sem a colheita do amor

Não faz sentido a charrua dos dedos sem o terreno do seu corpo

Agora... o céu é vermelho depois das chuvas

Inicio do poema

Triste singradura
Que me leva ao seu altar
Da terra dura

Oh meu Deus!
Dá me antes o céu
Dos relâmpagos e das estrelas cadentes
Já que não posso ser o que fui antes
Lavrador da minha musa