Pensamento 08
As pessoas são lixo que não se recicla, escória do planeta... talvez você ache isso muito radical mas nenhuma pessoa nos dias de hoje é completamente normal, são burras, preguiçosas e iludidas.
Detesto pessoas, elas não entendem o óbvio e tem algo nos olhos e ouvidos que as impede de evoluir por mais que toda a verdade do universo se expusesse como as mais vulgares prostitutas.
Estar no mundo é o pior dos castigos espirituais que qualquer ser fora da matrix pode sofrer, assiste se as imbecilidades sem nada a dizer porque quando se tenta dizer é atacado por zumbis.
No mundo se aplaudem as mediocridades, as facilidades e aqueles que só dizem o que se quer ouvir, ama se as falsas promessas e até se morre e mata por isso.
Esta terra está em queda como o Império Romano e tantos outros, falsos moralistas, "lacradores" levantando bandeiras de grupos que reivindicam seu próprio cú um país.
Pessoas guerreiam por lixo poemas, pelo direito de ser uma aberração qualquer que nunca poderá evoluir, e defendem a teoria da evolução e o direito de ser mentalmente incapaz mesmo tendo nascido mentalmente capaz.
O ser humano, que nos dias atuais tenta ser o que se chama pessoa é só resto de subnitrato do pó de merda das estrelas.
Carta 01
Rio de Janeiro – RJ, 10 de Junho de 2018
À quem se interesse em ler
Misantropia para suportar esses tempos insuportáveis, os médicos suspeitam de fobia social ou psicopatia, mas eu vejo como algo natural não conseguir conviver com pessoas vazias e superficiais, não ter desejo de suportar o tempo da urgência social, de não querer correr mais rápido e desengonçadamente possível para um profundo abismo.
Eu já tentei encontrar esse prazer que consome o mundo, e estive com Hades, Baco, Eros, já desci ao mais profundo submundo.
Olho o mundo como se estivesse de fora, separada por uma lente que ora me aproxima e ora me afasta, essa lente me mostra com muita facilidade a mediocridade das intenções que povoam as mentes rasas de seus habitantes.
Não sou desse tempo e lugar, de que me serve essa condição? Eu deveria repassar a alguém essa capacidade inútil ou tentar fazer me compreender? Encontro me no mundo sem alguma finalidade real para exercer, as pessoas passam por mim com suas prioridades inúteis e eu as vezes acho admirável manter-se neste estado mental de sono profundo.
Pessoas consomem-se e se entreterem com obstáculos mentais, sobrenaturais, invejas, competições, ansiedades, e satisfação de suas necessidades básicas fundamentais, elas giram num círculo que se alterna até o fim das vidas, pensamentos repetitivos e os mesmos assuntos ora por ausência e ora por seus excessos num ciclo quase infinto de demência se não fosse interrompido pela morte.
Não tenho ódio, meus sentimentos alternam irritação e apatia, irritação por nunca encontrar patrícios numa terra desconhecida e apatia por me conformar com todo esse circo que passa por mim, sobre meus sentimentos, eu também já gostei de alguém uma vez, alguém muito parecido, mas acho que faltou expressar sentimentos ou ter a certeza que realmente esses sentimentos existiram, e passou.
A vida não é assim tão ruim as vezes, eu gosto de refletir sobre os comportamentos, e ajudar as vezes como puder, tenho interesses que me ajuda a passar o tempo e um trabalho que me ajuda a manter meus estudos, não é um relato pessimista, nem um pedido de socorro, não há depressão, tudo na vida a gente se habitua mesmo que não possa compreender.
Pensamento 03
Chego nua ao espelho do meu passado com mil fios cortados
Resta um nó que não sei desfazer, ele era tão bonito quanto um laço...
De toda semana da vida metade de um dia passei ao seu lado.
De toda minha história já vivi três dias e me aproximo do quarto
Agora há uma sensação de enfastio das próprias memórias
Lembranças inúteis de gozo e desgraça das minhas histórias
Foi você só metade de um dia entre os sete que a vida nos dá
Foram três dias pra desperdiçar o tempo, agora só preciso descansar
Presságio
Está tão lindo dentro do quarto, a luz do sol na janela faz uma pintura colorida na parede, há um coral afinado cantando ao fundo é de uma antiga igreja de madeira que fica perto aqui de casa.
A temperatura está amena, há um leve vento frio mas o meu cão dormindo ao meu lado me aquece, tenho um livro na cabeceira.
Nunca tive tanta paz num dia inteiro neste mundo, eu nunca estive tão só e tão indiferente.
Fiz bolo pela manhã, uma massa no almoço e agora estou contemplando este momento raro da ausência da perturbação.
Morrer deveria ser estar pra sempre neste estado plenitude, não há pressa e angústia nem algo que eu precise dizer, pensar e explicar para me fazer entender.
Está tão calmo quanto num filme de terror aquele momento de paz que antecede uma carnificina completa, ou aquele momento de reflexão sobre a vida antes da bomba nuclear explodir metade do mundo e alagar a outra metade.
Se eu demorar a escrever novamente talvez esse relato ântumo possa ser um presságio do fim antes mesmo que esse dia lindo acabe, ou só o retorno a falta de paz do dia a dia deste espírito perturbado.
Pensamento 02
Gira a existência com cinco movimentos
Roda que a todos faz meros mutantes
Seres nômades e na vida errantes
Náufragos dos próprios sentimentos
Há quem tente se sobrepor ao tempo
Fingindo não ver todas as estações
E na companhia de belas canções
Feche janelas e prefira pinturas
Difícil a estação das amarguras
Mais fácil por o relógio ao contrário
No doce beijo parar o horário
E na boca da vida por ataduras
Maldita roda mais forte que tudo
Levou consigo as noites de verão
Não pude parar as misérias do mundo
E não pude entender sua intenção
O último presidente agora é rei
É chegado o tempo do fim de tudo
Os trilhos tortos e enferrujados
E os barcos que vagam sem destino
Manifestam o inabitado novo mundo
Aconteceu tão de repente uma luz
Uma vibração, um zumbido forte
No céu trevas vinham do norte
Dividiam o firmamento em forma de cruz
Odor de enxofre forte queimava
Os olhos, as narinas e pairava
Junto da cinza que invadia frestas
Dos beirais das portas das casas
Então diziam é chegado o fim
Enquanto as aves caiam nos quintais
Lembrei do *corvo dizendo nunca mais
E também acreditei, melhor assim
Ligeiramente surdos isolados
Depois de dias trancados a ouvir
Gritos de socorro e gemidos abafados
O pensamento do medo do advir
Sobrou só o Brasil, depois que a pedra caiu
Em parte alagado, com céu cinza
Sem verde nem muito menos dourado
Com um novo sistema adotado
O último presidente agora é rei
Pensamento 07
Sinto falta de todas as mentiras
Na fase de desintoxicação
Sem café sem você
Sintomas fracos
De devastação
Sonho antigo
Naquele dia fatídico em que caiu o véu pudemos ver o que estava somente no plano de uma outra dimensão.
Naquele dia todos cavaram no chão querendo cobrir seu corpo frágil daquele imenso Dragão.
O céu não era mais o mesmo agora só tinha nuances roxas e laranjas na sustentação do firmamento, gemidos de medo e dor reflexo de uma sensação profunda misto de arrependimento e falta de amor
Não era possível compreender o espaço em torno de si mesmo nem comandar os passos firmes numa direção, tudo estava alterado nada estava como um segundo atrás desde a gravidade aos pontos cardeais
Havia um enorme buraco no chão de onde saia um som que tremia toda a terra levantando-a com vapores que consumiam tudo onde passavam como o pior ácido de corrosão, mas apesar de tudo fazia muito frio tanto que congelou todos os rios.
Fico feliz pois aquele fatídico dia medonho não passou de um sonho de 25 anos atrás que ainda não esqueci e acho que não esquecerei jamais.
Romeus e Julietas
Cultivando as dores de um passado vulgar
com saudades de momentos promíscuos
eles seguem…
Tiram as cascas para não cicatrizar
E suas feridas expostas às moscas
criam vermes
São bichos, os frutos daqueles momentos
agora rimados com tanto esmero
e sentimentos
Fazem essências do cheiro de porra
da rachada fedida balsamo suave
e o céu aquela cama de zona
Falam que aquela foda mal fudida
agora, após a impotência
foi a melhor da vida
Putas e Putanos das sarjetas
nos versos sempre são verdadeiros
Romeus e Julietas
Viva a Poesia!
Pensamento 05
Queria ir a escola,
escola mesmo
de carteira
de madeira,
quadro verde
escrito a giz.
Queria ir
a uma escola
de poemas
onde eu pudesse
novamente
ser aprendiz.
O professor
com óculos,
e barbudo
barriga em pé
pra sabatinar...
Saber rima,
métrica e estrofes
quem sabe um dia
fazer sonetos.
Ah! Todas as coisas paralelas amo pensar.
Ilusões, sonhos, e as viagens mais lunáticas teriam hora e vez neste lugar...