Poemas, frases e mensagens de GabrielaMaria

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de GabrielaMaria

Destino

 
Em sussurros ou urros
Traduza meus gemidos
Pior é o que vejo

Onde estou
O lugar das ameaças
Para lá sou levada

Na beira do precipício
Inerte com medo
Sem saber voltar

E lá em baixo
O que há
Volta, volta

Sempre há de haver
Uma escolha, um paraíso
Os loucos gritam suas certezas

E eu padronizada
O meu direito
O que busco

Minhas verdades
Só eu entendo
Aliás o que nos une

Aceitar a liberdade oferecida
Ficar preso num ponto
Qual é

Venha de ônibus
Lá nos encontramos
Nosso destino
 
Destino

Se ao buscar

 
Não precisa ir muito
Talvez não queira
Já sabe o que vai encontrar
Risadas e mais risadas
E o porquê dos sorrisos
Ah tem toda razão
Não tem motivos
Estou a recordar
A inventar outras cenas
E fingindo que estou a conquistar
Fazendo planos
Agradando ou afagando meu humor
Um minuto é eterno e posso fazer dele
Um instante completo
Transferir aquele momento de ilusão
Ser guardado no coração
E continua latindo
 
Se ao buscar

Vanusa_vinte e nove de Janeiro

 
(Encenação)

Vidas ímpar no ar
O corpo exclama
Sem o questionar
Pra alma que clama

As leis feito fio
Vida sem escolher
Nos dá desafio
É decisão vencer
.
O nosso lar
Vem felizes
Sem oscilar
Infelizes

Sabedoria
Consolidando
Com alegria
Encorajando

Na casa ser
Qual coração
Abre sem ver
Sem emoção

No nosso interior se escreve texto adaptado para representar e às vezes o figurino é descuidado ou faz parte. Mesmo sendo mentira a encenação, se emociona o coração, na vida real.
O simular busca possuir a alma do hipnotizado e fazer a pessoa agir conforme seu desejo, ensejo.
 
Vanusa_vinte e nove de Janeiro

Um outro dia

 
Hoje acordei estranha
Não sei se ontem fui queimada
E no acordar não levantava
Sou uma rosa murcha
Ela pode não saber
Ah eu sei
Não tinha vitalidade
Nessa manhã éramos uno
Compartilhava do mesmo despedaçar
Não podia abraçar somente entender
Coloquei nela água
O tempo passou trazendo energia
 
Um outro dia

Na cozinha

 
Minha boca pede café
O começo do dia
Produtos feitos da cana
Beber vinho
Manter vivo lembranças
Comemorar a vida
Comer peixe
Na mesa produtos da terra
Ah as minhas montanhas
Tudo é tão bonito
Quando eu disse: é belo
Não importa se é cinza ou ensolarado
O ser que brilha está ali próximo
Se fosse fazer uma pintura
Seria usando os tons de pele
Enrolada nas cores
Protegida pelo amor
Seria um quadro de gente bonita
Cheio de pontos de luz
Tudo festivo e colorido
Também teria outras cores
O arco-íris
Nossa aliança de amor
Viver a alegria
Preservar o alcançar...
 
Na cozinha

Tatiana_vinte e sete de Janeiro

 
(Modifica)

Quem só o corpo ver
Espírito mudo vai ficar
O coração vai morrer
Viver sem amar.

O sábio vê possibilidade
O forte é atingido
Prepara para tempestade
Na sabedoria é impelido

Inventar uma presteza
É um patógeno
O dom como fortaleza
Jamais alucinógeno

Quantas faces forma
Um rosto obtém
Qual a forma
Um corpo têm

O que de dentro ver
Quem de fora identifica
Tira o futuro do ser
Real é o que fica

Os símbolos foram criados para permitir os pensamentos serem tocados, ele é o reflexo da alma. As palavras precisam de tradutor quando sozinho o admirador não pode ouvir seu próprio eco, quando a alma não diz nada fica sem janela. Com paciência e tempo podemos perceber para que lado a água vai escorrer, e como se conhece o caminho da água poder ser revelado a inclinação da alma de outra pessoa.
 
Tatiana_vinte e sete de Janeiro

A poesia que nos inspira

 
Que vozes eu ouço
Num mundo de cores
Que gira e se ouve
Seus
Gemidos
Urros
E um temido silêncio

Onde estou
O que há em meu redor
De transmitir e receber
Tão invasivo
É o som, a comunicação
Amor, ódio e o que clama
Coisa bela é ouvir em versos

Mas faça silêncio
Escuta
Depois só depois
Grita
Sussurra
E fica muda
E perde todos os sentidos

E a poesia
Qual é o seu tom
Recitar, recitar…
Levitar corações
Dar brilho aos olhos
Encher de muitos beijos
E amarrar com um abraço

Mas poesia é como agasalho
O que a pele precisa
A cura das almas
O equilíbrio que tudo procura
Numa terra em agitação
Num silêncio dolorido
A poesia tem verso para todo inverno
 
A poesia que nos inspira

(uma paixão)

 
Trinta de Janeiro, Xuxa

Vou te reverenciar
Sendo perfeito para adoração
Rios de vida corre no corpo
Toca em mim
Sinta meu cheiro fresco
Sentirei ao acariciar você
Provaremos junto o prazer

E tu a mente
A maravilhosa energia
Pode produzir belas sensações
Até doces ilusões
Pode ter a voz encantadora
Ser artista da própria vida
Imaginar o paraíso

Desejo o amor, então fecho os olhos, nisso sou eu a minha melhor chance e em um momento tão curto de vida, tenho que tatuar todos os caminhos, acorda, acorda, abra os olhos e veja, nada é perfeito, eu sei corpo que está ferido, mas a arte, os que admira a beleza vai se espalhar, tudo vai ser belo tocaremos o amor com as mãos.
 
(uma paixão)

Soluços

 
Eu te amo
e não lhe conheço
Te construo
e imagino
Te ressuscito
Meu amado
Tem vozes por todos lados
Te fizeram mercador
Sei da tua inocência
Te comprei num papel
e nele lhe tinha descrito
Meu amado
Te ressuscito
Agora tudo parece frio
Sinto que nunca pude tocar seu rosto
Suas vestes tão ricas
Os sentimentos pouco existe
És tão rico
Eu lhe obedeço, vivo e esqueço
Estou morrendo e doente
Faça parte da minha vida
e não somente nos olhos
Para que eu nunca esqueça
E nascendo estou em outro ponto
Perto de ti
 
Soluços

Úrsula_vinte e oito de Janeiro

 
(Conhecimento)

Voluntário amor
É um agir
Na falta de cor
Arco-íris pra vir

Humano ou animal
Possuía um chicote
Amor e não o mal
O norte você anote

Na fuga da dor
Entorpece a consciência
Ouvido é acolhedor
A boca busca ciência

Entre os feridos
Quem está perto
Entes queridos
Coração no aperto

Aja com intuito
Animal peçonhento
Palavra maldita
Em monitoramento

Com raiva mordeu a coluna de palavras, atingiu a alma, mas partilhavam o mesmo templo, ame do inseto ao superior, o amor depende de sentimento e não de tamanho.
Boas palavras estão espalhadas por todo lugar, mas são como areia, para ser útil precisa ser trabalhada até ficar transparente. A sabedoria é tão amorosa, o idoso pode experimentar hoje os doces frutos de ontem, o conhecimento é o amor de alguém que pensando em você construiu asas, o que não havia antes.
 
Úrsula_vinte e oito de Janeiro

Capoeira

 
Capoeira

Como pode o balanço dos corpos
Ser confundido com luta
Ali se fugia da dor
Matava a saudade
Espremia a voz
Sentir que estava vivo
O corpo pode existir dono
O espírito sempre sedento
Estavam presos
Sem ter para onde fugir
Um lugar desconhecido
Como aceitar os seus santos
Obrigados a adorar
Como se fossem eles os pecadores
Adorar um desconhecido preso na madeira
E vendo o irmão levando chibatadas
Na mesma madeira
Mas precisavam de ajuda
Eram seus guerreiros
Uma luta diferente de senhores
Ali na adoração de seus santos
É bem vindo todos os excluídos
A alegria de seus antepassados
O tambor é resistência de uma terra injusta
O barro é arte de mãos fortes
E o vaso a sensibilidade do coração
 
Capoeira

E vamos juntos

 
E as crianças estão na rua
Correm descalços
Soltam pipa
Dão as mãos
Brincam de roda

E

As mães as observam

A maioria são pobres
Precisam de pouco
Não reclamam
A alegria é riqueza
Uma conquista

E

Somos...

A grande maioria
De mestiço
Assim é meu menino
Ali na rua
Se aceita a todos

E

Unidos vamos

Tem ali
O que é mais humano
O amor de um ao outro
Ajudar
Sobrar abraços

E

Iguais no sentir

Estamos ali misturados
Temos uma única mãe
E nossa união é presente no meu dna
Uma força para vencer
Passamos pela vida comemorando o nascer
 
E vamos juntos

Nosso amor

 
Terra boa é a minha
Não é a lua
Livre e nos deixa em paz
Cheira a eucalipto
Espaçosa, cheia de asas
De imaginação
Um chão de diversidade
Vieram muitos
Para nela trabalhar
E até hoje é gigante
Gente linda que mostrou seu valor
Vieram de muitos lugares
Também da África
Ah berçário da humanidade
Também de deuses
Depois vieram outros
E com eles se misturaram
Também criaram laços
Se uniram em amor
Nosso maior valor
Povo que amamos
Uma terra diferente
Que explode riqueza cultural
És linda minha terra
Sim, tudo é exuberante
Aqui se tem grandiosidade
A fartura do tom da pele
Uma alegria que é infinita
 
Nosso amor

Os cabelos

 
Meu cabelo já foi raspado
Já é e foi
Agora passado
Orgulho
É nosso cabelo
Nunca
Ficaremos estatizados
Aos poucos
Estamos indo
A minha pele negra
Bem cuidada
Conquistando olhares
É verdade
Nem todos
Uns são diamantes
Existe um pouco de brilho
Deles na gente
Produtos para nosso cuidado
Marcando um o broto
De um galho ainda verde
De uma raiz forte
Sempre será lembrada
Existe mais
É preciso coragem
Na batida forte de suas vozes
Na força do corpo
Ainda se escuta o rugido
Na união de todos
Se festeja o amor e a paz
Mesmo sendo castigados
Nunca fizeram guerra
Sabemos que nessa terra
Colheremos amor
 
Os cabelos

Solange_vinte e seis de Janeiro

 
(Grau)

Um universo temporal
Tempos criados únicos
As mentes atemporal
Guarda frutos específicos

É infectado com anormal
Natureza movimentando
Aprende viver animal
Aos macacos imitando

Na natureza
Nada vai ficar apático
Para correnteza
Um barco pragmático

Foco no resultado
Ajustar o caminho
Enriqueça com gratidão
Volante no burburinho

Com dedicação
Vencendo dias maus
Crescer exige atenção
Construir degraus

Onde se esconde a sabedoria? Escutei alguém dizendo que ela vive entre acontecimento e a resposta, mas como fazer a emoção desistir depois de a sacudir, como e quanto preciso para alcançar a resiliência. Aprendemos muitas coisas e esquecemos da sua utilização, por exemplo: o exterior está em constante mudança, mesmo que signifique envelhecimento, ao tentar engessar o sentimento parar o tempo, para que seja eterno, mas ele quebra e deixa o coração com rachadura. Seria estória ou um mundo construído pela ilusão de algum vagabundo, a vida é evolução.
 
Solange_vinte e seis de Janeiro

Herança

 
Ao questionar sobre o que deixarei para o futuro, percebi o que o passado nos deixou de legado, eles trouxeram mais que diamantes, veio guardado dentro de eternos livros os seus deuses. Eu sou boi que se alimenta do próprio arado, tenho a oportunidade para deixar os que aqui na minha casa rodeiam o que tenho possuído, o meu trabalho de aprender a produzir frutos, o meu pagamento é a alegria e de ser chamada como uma pessoa de palavras duras, mas de bons resultados.
 
Herança

Quatro de janeiro

 
Por que as páginas do início estão brancas
Quanto tempo levaram para serem apagadas
Que lembranças
Tudo ficou sem voz
Não tem imagens
Sem tatuagens
Quanto tempo vivo
E quando eu morro
Preciso de um livro
Quem sabe nele me encontro

Tantos são os abalos e nenhuma linha escrita, nada encontro sobre o fim do dia, nem o que esperava junto ao nascer do sol, é uma briga com espada de borracha, como se tudo pudesse ser apagado, que triste, só tenho borrões e nenhum castelo com meus queridos.
 
Quatro de janeiro

Incenso

 
Estamos em um novo tempo
Um recomeço
E não é engano
É um coração com sede

Depois de depositar cinzas na terra
A chuva lavou os olhos
Fortificou as mãos
Rejeita o machucar

Toda boca produz boas palavras
Aprendendo a linguagem pura
Agora somos muitos
Ninguém permite morrer os galhos

É preparado o coração
Mesmo que em minha volta haja espinhos
Minhas palavras nunca vai deixar de ser boa semente
Cada dia merece ser cuidado

Aprendendo a purificar a alma
Da boca saem sopros
Ventos que é brisa
Doces palavras

Agradável aos humanos
Buscando a paz
O sentimento que produz amor
Também é meu alimento

Usando ao máximo nossos sentidos
Um corpo sendo vaso e a mente água
De todos os deuses que clamam para dentro de si
Eu escolhi você

Não quero um deus estranho, mesmo que use o mesmo nome seu
Eu mesmo já não mais engatinho os fantasmas brincam
Eu sei que tenho bons momentos
Bom ou ruim o futuro é meu
 
Incenso

Depois do inesperado

 
Não sei de onde veio
Arrancou tudo do seu lugar
Bagunçava os cabelos
Fazia tremer corações
Deixa fraco as juntas
Perdia o sangue sua cor
Então tudo estava diferente
Com abalos desiguais
Pode ter algum desejo
Uma folha levada pelo vento
Ir sem saber onde chegar
Sem conhecer o que realmente é
Então estou aqui
 
Depois do inesperado

Bruta

 
Tá aí
A aqui
A ali
A algo que não
Não tá dentro

Nos olhos
Um só retrato
O coração ferve
A boca ácida
Por fora vejo

Coloquei para dentro
É cruel
Sem socorro
Nem implorando
Consigo

Agredir o inocente
Para acalmar
Eu sei que por dentro arde
Nunca devem ser brutas
Sem excreções de motivos

Onde
E como
Parada
Tentando equilibrar
Sem saber
Até onde

Nem uma miragem
Uma imagem
A volta das pegadas
A doce canção
De algum viajante
Que fala de terras distantes

Caminhando entre vozes
Rouca igual a minha
Uma dor
Como falar, explicar
Teria a dor uma cor
A que seja diferente da preta

Alguém ia compreender
O sol dos sorrisos
A cumplicidade
De sermos iguais
Só palavras suaves
Ser a princesa
 
Bruta

Maria Gabriela


A alma é tingida com a cor de seus pensamentos. (Marco Aurélio, meditação)