a ânsia dos ideais (e nada se esvai)

Data 23/09/2009 10:39:31 | Tópico: Poemas


Chamam-me!

Alugo o líquido sugado das entranhas
E de pálpebras cerradas,
os meus ouvidos são abafados
Pelo silêncio,
onde tudo acontece e nada se esvai.

Sinto
o corpo em metódica transformação,
Corro no círculo fechado.
Várias partículas de fogo
imergem bloqueando as veias,

(Aglutino em compressão os mesmos espasmos),

O grito silenciado
pela ânsia dos ideais,

Tudo em mim
e nada se esvai.

Tudo se move,

(contudo não saio do círculo)

Explosão
de lava incandescente da carne
E o sangue
ferve arbitrário
ácido corroendo as plaquetas.

Parasita
do corpo cansado,
aniquila-me
com multi-orgasmos vencidos
Onde tudo acontece
e nada se esvai!





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