Oh turva razão!

Data 23/09/2009 12:20:45 | Tópico: Sonetos

Pobre de mim, que turva anda minha razão;
Se com muito me entusiasmo, com outro tanto me aborreço;
Se num momento estou feliz, logo noutro me entristeço;
Se procuro a alforria, logo me prendo à paixão

Ando a sonhar acordada, tal o desvario…
Planeio o viável mas cobiço o impossível;
Tentando descortinar o imperceptível,
Procuro um lago e lanço-me ao rio…

Queria, se possível fosse, desta demência acordar;
Não desnortear a razão com estéreis utopias;
Deixar-me de incongruentes fantasias;

Desta minha mente… quero poder ceifar
Sortidos e antagónicos sentimentos,
Que só me enredam e toldam pensamentos



Fátima Rodrigues





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