Medíocre

Data 24/09/2009 11:43:49 | Tópico: Prosas Poéticas

E se fosses capaz de ter menos miragens em vez de desperdiçares teu tempo com monstros melindrosos que mergulham no abismo insólito da máscara do "minto das mil medidas e mato-me depois"! Se não leres este texto seguidamente sem vírgulas como flutuante de pontuação invisível que é, não chegarás a ficar sem fôlego... porque o que aqui falo e deixo é diferente. É um corridinho de palavras que terás de devorar sem pausas para que te canse. Modera tuas mantas de pano manchado e morde teus momentos mastiga-os e deixa-te de malabarismos mesmo que tropeces na tua língua. Entoa todas as palavras como se fossem um verdadeiro recital de poesia por vezes pausadamente... ficarás mais engrandecido e mais gracioso até mesmo as coisas menos belas serão ditas com outros encantos se em ti colocares um sorriso leve e fresco… mas teimas e matas a tua própria manipulação ousada em vez de sentires os sorrisos no sumo de um suspiro teu… porque te saltas sofregamente nas sombras serpenteadas de segredos meus... ai suspiros de sedução cheios de significados sobrepostos na sintonia dos sons dos sussurros mais surreais e gentis surpreendentemente belos de solidão esses estão sem solução, para quê? Basta-te de simpatias macabras e escuta o s.o.s que surge num eco distante... depois... ai depois de sentires a falta de ar para seguidamente continuares nesta leitura sem parar uma única vez escuta tuas próprias palavras por aqui surgidas de uma letra apenas e neste recital poético pára, pára de mentir a mentira que eu desprezo e arruíno machuco e deito no lixo... se ao menos nesse teu jeito melancólico sádico e torto houvesse um ser mais capaz... mas não, digo-te merecidamente que ficas num estado minguado de moedas podres escondidas na terra húmida e sombria da tua mente... miras mal... miras mal o horizonte…


in Acrósticos de Poesias
Editado por Corpos Editora

Rosa Magalhães



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