Vejo a minha vida ao longe Num desmontar de puzzle, As separações que o compõem Entrelaçam-me as cartilagens Num composto decomposto Pela minha ausência, Ossos emagrecidos pela ausência de tutano. Não virá o quebra-ossos Elevar-me nas alturas Para me despenhar Em queda abrupta do granito Que composto pela cor da minha partitura, Nem um dó me dará, Antes um sol abrasador e inclemente Que me decompõem nas bermas Compostas por mim que me observo…ao longe. Na minha partitura não cabe a minha alma, Ré do que escolhi ser Numa decomposição Que sendo minha sou eu Que a componho numa sinfonia Desequilibrada Sem mi, nem si, só o sol Inclemente que me apascenta embrutecido Na pedra gasta por outros ossos meus Que a besta lá do alto vai despenhando Na busca do tutano que já sugou
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