POETA CASTRADO… NÃO!

Data 21/06/2007 18:20:37 | Tópico: Sonetos





Podem chamar-me de louco, insano,
Calhorda, escroque, prostituta, ladrão,
Tudo o que faço, faço-o porque amo,
E não me omito da minha condição.

Podem chamar-me de velhaco, pueril,
Vendilhão, iletrado, apolítico ou cabrão,
Que embora pareça não estou senil
E não renego nunca o meu coração.

Podem chamar-me de tudo, ilustração,
Indigente, falsete, misantropo, joguete,
Um inerme nas mãos desta gente,

Que toma-me por parvo sem rendição,
Pois, quando o poeta ama, não tem
Senão, e é de todos e de mais alguém.

Jorge Humberto
20/06/07







Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=10040