Atentado

Data 26/09/2009 16:08:11 | Tópico: Poemas

Cai-lhe da mão a cavilha
rola sedenta ao abismo
do nada
cega, surda, muda
rebenta a dor aguda
da granada.
Esmorecem violetas
em azul sangue
choram as aves
a morte do céu
que cobre a serra
e afaga a terra
em negro breu.
Só a cavilha parada
nos confins do tempo
sangra ainda em silêncio
a morte nada.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=100558