como dói a madrugada!

Data 27/09/2009 22:08:42 | Tópico: Poemas

sob os lençóis
deslizam silêncios
nas mãos flutuam
carícias aos seios
a língua desceu
em passe de ballet
presa na emboscada
da selva de sangue
dos sentidos

por fim consegui
um pouco de solidão
na imagem do vermelho
do teu rosto

retardei a alvorada
para prolongar
a noite
no desejo da lua

mordo a ferida
e ela nua
atravessa o quarto
o liquido se espalha
fecho os olhos
sobre a incerteza

como dói a madrugada!



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