Olha olha olha o que ali vai no azul do firmamento a flamejar são bolinhas de sabão que fogem a voar a voar a voar umas arruaceiras outras desordeiras em jeito de brincadeiras acarreiam folias folgazonas bolinhas de sabão que vão a voar a voar a voar nas folionas bailarinas bolinhas saponárias do ar explosivas de sabão salpicante solto voraz que meus olhos chorar faz sois o deslindado dançado o enfadonho dos estalos rudes sacudidas bolinhas vão agredindo o ar que voa e voa esvoaçante esbarrante atrevidas bolinhas vaidosas suculentas de sabão bolinhas teimosas que até os mosquitos não fazem os piscas a mudar de direcção invadem bolinhas que salpicam mosquitos que ali ficam coitados todos colados nas bolinhas de sabão que no ar vão e vão a voar a voar a voar e voam sem parar e sobem lá no alto do firmamento flamejam olhares por ali no azul gentil do Olimpo bolinhas incontáveis infindas de sabão dançante e dançam dançam dançam ao som do vapor do navio que passa no mar ao longe longe lá longe são bolinhas que voam e voam e voam sem parar voam livres feiticeiras sem vassouras a brilhar como cristais elas voam sem estalar sem rebentar num desapego a bailar outras ali e outras e outras e outras um devaneio de serpes urdiduras alienadas que brilham como vassouras num estalar de dedos bolinhas de sabão maduras e coloridas reflectem arco-íris que acarretam ânimos dos corações a fulgir ai bolinhas de sabão audazes insolentes e corajosas, descorteses no ar que vejo a voar a voar a voar vão desnudar meu sentir pela pena de te não ver nessas tantas bolinhas de sabão a sorrir por entre as cores raias do arco-íris a luzir!
Poema editado Autora Rosa Magalhães
Obs: Já tinha postado, no entanto este foi um dos meus trabalhos removido por minha vontade, coloco e removo sempre que me apetecer. Volto a posta-lo, por ter sido "falado" recentemente! Este trabalho é meu, feito por mim. Minha inspiração foi simplesmente e apenas, uma bolinha de sabão!
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