sistro da embriaguez perfumada

Data 30/09/2009 07:23:17 | Tópico: Poemas

entranhados odores
nas pálpebras
cerradas ao caleidoscópio
fluorescem florais exalados

espiralado tegumento rosáceo
multiplica-se no luminoso
refracção da pétala implodida
odor carnal que se espelha
metalizados convénios
repartidos no sol aceso ao pavio

interlúdio ao deslize
epidermes serpenteiam no diviso
selado mágico que rege
dos confins sobre estrelares
triangulados à geodesia do combusto
friccionado

indumentária ungida
ablução tingida aos seminais
flutuado penetrativo do elixir
em postremo albergue estelar
cerúleo fecundado ao reflexo
germinado
com emanados epidérmicos

fulgurante balanceada panaceia
gazebo crepuscular
remada falésia à embriaguez
cadência ao dançável arrítmico

chifres plumados protegem
sistros de matrizes solares

© Bruno Miguel Resende


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