LAVANDO A ALMA

Data 01/10/2009 01:06:56 | Tópico: Poemas -> Reflexão

LAVANDO A ALMA

O burburinho cessa e a cidade dorme.
Os sons rareiam.
As ruas nuas experimentam a solidão da madrugada.
Corpo cansado pede uma trégua.
Alma inquieta não se apieda.
Só há um modo de convencê-la,
E de livrá-la de seus quebrantos.
Do pensamento que devaneia
Na inquietude dos desalentos.
Abra o chuveiro e se abandone
À tepidez que se oferece.
Deixe que a água enquanto escoa
Leve consigo, como uma prece,
Toda a tristeza, todo o cansaço
Que a alma vive e o corpo sente.
Corpo lavado ao sono cede.
Alma lavada enfim consente.




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