sobre o que me importa

Data 01/10/2009 15:56:27 | Tópico: Poemas

Pouco a pouco tudo acaba em mágoa:
Morre a semente, a paz, a simpatia.
Fenece a luz, o domingo, o fio d’água.
Se acaba o vinho, o mel, a alegria.

O beijo morre, a amizade, acaba o chão.
A estrela murcha, cai o riso, sucumbe a flor.
Morre o carinho, o canto morre e o perdão.
Dorme o céu, queda o deserto, cala o tambor.

A sombra foge, cessa a voz, a intenção.
O que me é caro é sempre terminal,
Deixando o breu de herança ao coração
Ruma de volta ao berço sepulcral.



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