- PORTO SEGURO -

Data 03/10/2009 02:42:48 | Tópico: Sonetos

Sou a nau que singra o oceano dos sonhos,
Enfrentando calmarias e procelas;
Vi tantos arrebóis, tanto içar de velas;
As brisas leves, os vendavais medonhos.
Transpus vagas que julgara intransponíveis,
Acabei ileso ao ardil dos corsários
Astutos, loucos, vilões e mercenários;
Sorrisos dourados, faces irascíveis.
Um dia, já quase à beira de um naufrágio,
Depois de farta e bravia tempestade,
Faltou coragem; temi pelo futuro.
Pequenina chama semovente e frágil
Recebi da sorte em sopro de bondade,
Encontrando em ti o meu porto seguro.


Frederico Salvo

(republicado)



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