PRAZER SEM CRITÉRIO

Data 07/10/2009 18:46:28 | Tópico: Poemas

Era um doce penar
partida crepuscular
chegada em cais emergente
bem depois do sol poente
sem estrela... sem luar...
brisa quente e quebra-mar
Poseidon... face dolente
sobre a areia impaciente...
Anfitrite a esperar!

Qual trono... casa modesta...
mar sereno manifesta
amor ... de quem sabe amar
quão profundo pelejar
mil acordes da seresta
por Calíope nessa festa
propõe com Baco brindar
no "vinho de Hebe" adoçar
um amor que não tem pressa!

Clara luz – feixe de sol
norizonte em arrrebol
d’um vermelho sonhador
desatinado de amor
encrespa-se sobre a onda
querer incontido faz ronda
na rudeza desse olhar
tão azuis como esse mar...
que o impede de acordar...

Ver de novo o sol nascer
nesse fogo fenecer
tal chama em alarido
explodir num estampido
como lava de vulcão
dissolvendo o coração
do amante do mistério...
desse prazer sem critério,
que seduz meu poemar!




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