
E só. (160)
Data 23/06/2007 20:58:46 | Tópico: Poemas
| No começo de um fim
Espalham-se os cacos térreos
Da camada sombria de cima
A melodia que esturra nos vácuos
O eco que invade as saliências
O filho do vento que brota
Por entre o orvalho das campinas
Frescos ardores refrescam a dor
Patifes já não somam esforços
Tudo demora a crescer ligeiro
Provém de gotas d’água sólidas
Que ao término das raízes magras
Diluem seus afluentes cortantes.
No intermédio pouco se cria muito
Por que nele se finda curioso o errado
Só é preciso atenção e re-atenção
Não se tem tempo de explicar a retórica
Pouco mede a métrica satirizada
Pois alguma coisa acontece nessas linhas
Nessas linhas de lã escorridas pela face
Transitando por ramais incompletos
Canais subterrâneos obscuros ao ar
Suspiros de luz envoltos em tom de fundo
Do fundo que finda o começo.
Só é o começo...
E só.
26/05/07 Rio Branco.
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