Corumbá, jóia do rio Paraguai

Data 13/10/2009 14:10:14 | Tópico: Poemas

Lembro de ti felina,
Sempre que algo me oprime a alma,
Sempre que sopram ventos frígidos,
Sempre que o calor chega inclemente, indolente...

Felina misteriosa,
Quem és tu criatura,
Que trazes na alma
O encantamento, a magia,
Que alucina,
Os que te estimam,
Os que te menosprezam,
Os que te invejam?

Pouco te importa o mundo!
Auto-suficięncia que só a alma felina entende.
Aproveitas o prazer de ser singular, insular...
De ser uma pérola que os homens desejam,
Mas, năo entendem.

Sua ira momentânea,
Já năo me assusta;
É própria dos que se sentem livres
Para serem livres.

Espreita, silenciosa,
O mundo que te envolve,
Que te enclausura,
Com a altivez dos felinos selvagens.

Ensinaste-me, felina querida
Muitos segredos do mundo,
Aqueles que compartilhas,
Quando a lua está por explodir,
Quando as estrelas arranham os céus,
Partindo com estardalhaço.

Quem de longe te avista,
Gata centenária,
Envolta por águas, lendas, sonhos...
Tem certeza de estar partilhando
Algum raro e singelo
Enigma da natureza,
Năo é ŕ-toa que te chamam de a jóia do Paraguai





Fiz essa poesia para Corumbá no Mato Grosso do Sul.Cidade onde vivi dez anos e que me traz muita saudade.



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