
A barca de Paquetá (AjAraujo)
Data 15/10/2009 15:05:16 | Tópico: Poemas -> Introspecção
|  O relógio da torre avisa: Já são seis horas! A noite já se foi, misteriosa como sempre
E o sol já despertou, está nascendo no mar, Há rebuliço de barcos na baía, na nova manhã em Paquetá.
Pouco ou nada importa nesta hora, há algo sempre por acontecer, a expectativa reina nos espíritos matutinos.
O sono “atrasado” chegou em mil passadas contadas, no som longínquo do apito, da partida da primeira lancha
Lanço um olhar ao luar cansado, Aprecio cada noite, é como se outro “ser” governasse a vida noturna da gente
Afinal, nunca se sabe quando será a derradeira, As luzes de neon na discoteca, vive-se no mundo de penumbras...
Abrem-se as janelas da fantasia, A noite é pura poesia, Seja na excitante alegria, Ou na gritante melancolia...
Quando percebi a chegada Daquela louca madrugada Havia já adormecido no sofá Por onde andara nesta ilusão?
Para curtir os meus fantasmas, A cabeça rola, cefaleia de ressaca Pede uma urgente ducha fria E café forte, sim, uma boa chávena
Depois, tentar adormecer de novo, Dissipar estes pesadelos, e relaxar... O sono finalmente chega, e domina todas as atividades cerebrais...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Setembro de 1978.
Imagem: Nascer do sol na Ilha de Paquetá.
|
|