
Havemos de ir a Sintra!
Data 24/06/2007 23:22:05 | Tópico: Prosas Poéticas
| EM SINTRA
As águas maravilham-se entre os lábios e a fala, rápidos em Sintra espelhos surgem como pássaros, a luz de que se erguem acontece às águas, à flor da fala divide os lábios e a ternura. Da linguagem rebentam folhas duma cor incómoda, as de que maravilhado de água surges entre livros, algum crime, um menino a dissolver-se ou dele os lábios e ergues equívoca a luz depois. Rápidos espelhos então cercam-te explodindo os pássaros.
Luís Miguel Nava Películas (1979) In Poesia Completa 1979-1994 Lisboa, Dom Quixote, 2002
Ainda havemos de ir a Sintra, eu com uma rosa branca em mãos para lá deixar, tu com o amor que me tens para me entregares. Ainda havemos de lá ir e quebrar as histórias ao meio com a nossa tão perfeita história de amor. No dia em que formos a Sintra o céu se encherá de pássaros e até as calçadas manchadas pelas lágrimas dos mistérios cantaram em uníssono o amor desimpedido que trazemos.
Sintra... ainda lá havemos de ir!

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