Estranheza Dispersa

Data 21/10/2009 14:27:59 | Tópico: Poemas

é uma estranheza dispersa
num salto liberto
suspenso no seu reduto
salvaguardando um acervo
que venha a constituir um-todo-poderoso asserto
um suspiro inquieto
um Clamor manifesto
não só na ebriedade das suas vertigens
mas, também na consciência carmim do crepúsculo,
onde se fende a luz dos amantes e seus gestos.
um pouco como um fio d´água
que começa procurando um mar
para dar livre curso a um destino incerto
decerto ignorado
todavia,
decidido a vencer as tentações de aprazíveis águas paradas
Ou
movido por quebrantos de ávidas mãos
que alguém se lembrou talhar.
olha-se em frente
quase a perder de vista
quebram-se vagas sinuosas para erigir
um mundo fundado a todas as cores impassíveis
enraizadas no meio do fundamento,
afirmando o resultado indeclinável:
O Amor
Que só lhe conheço a sua estranheza.


O que fica aqui registado, não lhe atribuo qualquer ênfase. É uma estranheza dispersa, dirigida ao outro-eu.
(Inspirado no filme: “ O amor é um lugar estranho”)



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