Condenação

Data 27/10/2009 13:26:40 | Tópico: Poemas

posso amar tanto louros como morenos
novos ou velhos, bonitos ou feios.
os que cedem à vaidade ou os que atraem o desleixo
os que buscam a solidão e os que se disfarçam e foliam
aquele que acredita e é leal ou mesmo o que hesita
posso amar este, aquele, o outro e tu e tu.
posso amar qualquer um desde que não me seja prisão.
não me condenem por tal deslealdade
não me prendam, deixai-me ir.
já Vénus me ouviu em suspiração
e pela maior candura do amor, a variedade, jurou
não mais ser assim.
foi-se embora, indagou e depressa regressou
trouxe com ela o usuário deus do amor,
o poeta - minha condenação.



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