Poema Para Uma Poetisa

Data 27/10/2009 23:26:35 | Tópico: Poemas

Dia ruim de estranho descontentamento
Dentro de mim... Um eterno conflito...
Nunca senti em mim tamanho tormento...
Lua nova em minha vida... Vou dar meu grito!
Sensações reclusas, presas num frio porão
Escuro, sintetizado em minha alma...
Eram mantidas em fragilizado cativeiro,
Distraído, não policiei direito,
Numa percepção de um átimo,
Algo desviou meus sofrimentos...
Lembrei-me de ti,
Nunca me pergunte o porquê,
Jamais poderei lhe responder...
Lembrei-me de ti... Minha amiga...
Adriana.
Senti-te forte dentro de mim...
Fluía quente em minha corrente sanguínea...
Quis te cantar nesse singelo poema...
Pensei em tuas palavras lindas
Da mais fina textura e sensibilidade
Leves, mornas, de puras verdades,
Vi-te em mim... Menina
Não uma menina qualquer...
Vi-te linda!...Menina-mulher!
Minha querida,
Quisera que todos os montes, Himalaias,
Todos os Alpes, cordilheiras e colinas,
Fossem uma eterna planície agrária,
Onde, das folhas, fossem feitas suas palavras,
Na messe só se colhessem as mais lindas flores
E em todas as estações se plantassem os amores.
Que seus versos e frases sinceras, fossem pequenas
Esférulas, hermeticamente fechadas, somente quando
Aos humanos ouvidos tocassem se sentisse a eclosão
De tuas lindas palavras...
Que os resíduos fossem o perfume delicioso das
Madressilvas e que eles pudessem adentrar por todos
Os mortais viventes que tivesse o privilégio de beber
De tua língua...
Que todos os humanos terrestres,
Quem dera que até os bichos pudessem,
Beber de ti, amiga!
Queria que tu fosses o mais saboroso líquido,
O alimento favoritos de todos nós, réles mortais,
O maior dos rios,
Amazonas? Nilo?
Ria-se, minha querida!...Muito, muito mais!
Que mesmo as plantas, Adriana
Em suas miseráveis vidas vegetais,
Tivessem oportunidade única
De, pelo menos, sentir
Tuas palavras que tanto me contenta
E muito me admira...
Agora me despeço, minha amiga,
Quem dera pudesse te dar o céu!
Hoje, acho, que cumpri o meu papel,
Confesso-te que com meus olhos
Rasos d\'água... Quase choro...
Musa desse poema, Mulher-menina!
Cantada hoje sem muita rima,
Num momento de dúvidas e terror,
Porém cantada com muito amor...
Esse poema é para ti,
Minha querida amiga...
Quase uma oração,
Dei-te a chave do meu coração...
Decifradora... De vidas!






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