Dueto A HORA (entre Egéria e Joma Sipe)

Data 28/10/2009 13:45:19 | Tópico: Poemas

Esfumaçam os cigarros virgens,
candelabros nos sonhos ambulantes,
carrego incensos esquecidos e carentes,
cinzas que já não ardem porque receiam o passado.
Comungo as flores silvestres do paraíso,
dou-me, afogo-me no meu pacífico oceano.

Mas, ainda toco na constância da minha vida;
Ah!Eterna sonhadora...
Ergo as mãos unidas como se de um cálice de oiro se tratasse!
Bato no peito, ai se dissesse o que sinto?!
Punhados de lágrimas fugiam do olhar...!
Para quê deixar de sonhar contigo se vou poisar sempre a ti, mas...

Tenho dúvidas,
o sol já não é resplandescente,
queima-me o ar que não sorvo,
arde-me a alma porque não respira,
sufoco nas aldeias inebriantes do pensamento.
Acalento-me nos ares selvagens.
Se uma hora viesse, adormecer-me devagarinho,
seria canteiro florido, uma névoa desaparecida.

Queria tornar-te meu Rei, então porquê nada?!
Pois, se sou apenas um verso do momento!!!




(agradeço à minha mana Egéria a sua participação neste poema)



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