Filho do Vento

Data 28/10/2009 22:08:01 | Tópico: Poemas

Sou filho do vento.
Sinto os suspiros do Mundo ao meu lado
Ouvindo os lamentos, as folias, os sentimentos
Que me correm neste rio de movimentos.

Sou filho do vento.
Essas carícias percorrem no corpo
Como sedução de um amante
E dançando ao ritmo da brisa
Que desloca para o sonho real.

Sou filho do vento.
Atrai-me asas sensíveis aos olhos
Por entre sorrisos divinos
O que o mero mortal não esquece
Faz navegar no tornado dos sentidos
O que o coração a ti pretende.

Sou filho do vento.
O que não consta
Não precisa.
Não paro nas paredes das intrigas
Contorno-as e sigo em frente,
Para os campos da Felicidade,
Aguardando o Amor florescer.

Sou filho do vento.
Não paro.
Não esqueço.
Seduzo, suspiro,
Oiço o que dizem ao vento
Nesse manifesto do momento.

Sou filho do vento.
E não digam que é mero ar em movimento,
Esse rio confessor,
E professor,
Deste meu pai que és tu
Oh Vento.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=104769