SINFONIA

Data 28/10/2009 22:14:15 | Tópico: Prosas Poéticas

SINFONIA

Chuva de oiro que inunda os teus cabelos, sede de água que o homem da terra implora. Águas do meu rio que a neblina cobre em remansos do mais puro linho, edénicos sons saídos do vazio imenso, nascidos por de traz do infinito. Orgia de sons que chega do meu eu saudoso, distante, daquela metade de mim que mais do que sinto pressinto imaterial. Escuto melodias que não tem preço, ecos de zarzuelas em que se tornou o estrépito dos desfiladeiros das montanhas das alturas da terra que é mítica só porque nela nasci. Ecos trovadorescos que estão inscritos no meu amanhã a dar-lhe consistência. Ruídos que o não são porque me enternecem dando-me conta de sair de mim ao escutá-los. Arco Íris melódica pauta de uma sinfonia de que me chegam arrebatadores murmúrios.



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